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CPI das ONGs vai convocar reitor da UnB, ex-presidente da Finatec e Jorge Lorenzetti
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
A CPI das ONGs aprovou nesta quarta-feira os requerimentos para a convocação do reitor da UnB (Universidade de Brasília), Timothy Mulholland, e de Antônio Manoel Dias Henriques, ex-presidente da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos). Oposição e governo fizeram acordo para aprovar este e outros requerimentos na comissão.
Investigações realizadas pelo Ministério Público do Distrito Federal indicam que a Finatec teria gasto R$ 470 mil na compra de móveis de luxo para a residência do reitor.
Segundo o Ministério Público, houve despesas também com a compra de três lixeiras (somando um total de R$ 2.738), de equipamentos de TV e som (que custaram R$ 36.603), de telas artísticas (em um total de R$ 21.600) e 16 vasos com plantas diversas na cobertura (que totalizaram R$ 7.264).
Ainda não foi definida a data que Timothy Mulholland e Dias Henriques deverão prestar esclarecimentos à CPI. Porém, o presidente da comissão, senador Raimundo Colombo (DEM-SC), adiantou que pretende concluir os trabalhos da CPI até 12 de maio --sem previsão para prorrogação.
Pressão
Ofuscada pela pressão dos governistas, desde o final do ano passado a CPI das ONGs não conseguia aprovar requerimentos nem fazer encaminhamentos. Mas nesta quarta-feira, a oposição desembarcou em peso na sessão da comissão. Participaram dos debates e fizeram intervenções os principais líderes do PSDB e DEM no Senado.
A sessão da CPI foi acompanhada pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), além dos líderes dos tucanos, senador Arthur Virgílio (AM), do DEM, José Agripino Maia (RN), os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Flexa Ribeiro (PSDB-PR), Heráclito Fortes (DEM-PI), Tasso Jereissatti (PSDB-CE) e o parlamentar independente Jefferson Péres (PDT-AM).
Pelos governistas, estavam os senadores Sibá Machado (PT-AC), Inácio Arruda (PC do B-CE) --que é o relator da CPI--, Fátima Cleide (PT-RO), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Leomar Quintanilha (PMDB-MS).
Churrasqueiro
Sob pressão da oposição e o voto de desempate de Colombo, foi aprovado o convite para ser ouvido pela CPI Jorge Lorenzetti --conhecido como churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva-- para prestar esclarecimentos sobre repasses do governo à ONG UniTrabalho, da qual é colaborador.
Sibá Machado tentou evitar a convocação. Os governistas apoiaram o petista, mas com o voto do presidente da CPI, o esforço acabou sendo vencido pelos números. "Não há porquê convocá-lo. Ele jamais presidiu a UniTrabalho", argumentou Siba. Já Inácio Arruda preferiu se abster da votação.
"Essa CPI investiga repasses de verbas na ONG e Jorge Lorenzetti foi diretor da Unitrabalho, instituição que recebeu dinheiro público poucos dias antes da negociação do dossiê pelo chamado 'petistas aloprados'", afirmou Álvaro Dias, que apresentou o requerimento de convocação.
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