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28/02/2008 - 18h55

Garibaldi critica comissão por manter "contrabando" de R$ 534 mi no Orçamento

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), fez duras críticas nesta quinta-feira à manobra da Comissão Mista de Orçamento do Congresso que manteve, na proposta orçamentária de 2008, um "anexo" de 534 milhões para obras em Estados de parlamentares que integram a comissão. Garibaldi chegou a defender a extinção da comissão mista para modificar a atual tramitação do Orçamento no Congresso.

"Não podemos ficar à mercê de uma Comissão de Orçamento que compromete o Congresso, a Câmara e todos os parlamentares. Não é a comissão como um todo, mas aqueles que insistem em realizar manobras que comprometem a dignidade do parlamento", afirmou.

Garibaldi disse que a extinção da comissão mista é uma das alternativas para mudar a análise da peça orçamentária. "Nós poderemos até chegar a isso, ou podemos ter uma tramitação diferente. O que está aí não corresponde ao que se espera de uma comissão dessas. Eu não posso acusar sem provas, mas o resultado que está aí provoca suspeita e indignação", afirmou.

O presidente do Senado ressaltou, porém, que os integrantes da comissão não podem ser criticados coletivamente pela manobra --que teria sido articulada por alguns parlamentares da própria comissão. "Eu não quero generalizar. Falar em comissão é falar em todos que estão ali. E há aqueles que não se conformam com isso."

Em meio às críticas ao texto aprovado pela comissão, Garibaldi marcou para a próxima quarta-feira a votação do Orçamento Geral da União de 2008. O presidente do Senado ainda vai acertar a data com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), uma vez que a peça orçamentária tem que ser aprovada pelo plenário do Congresso.

Manobra

Na madrugada desta quinta-feira, a Comissão Mista de Orçamento aprovou a peça orçamentária de 2008 com o anexo de "metas e prioridades" criticado pela oposição --que chama a manobra de contrabando.

O comando da comissão chegou a fechar um acordo para retirar o anexo do texto em troca da oposição aprovar a matéria. Mesmo com o acordo, o anexo foi mantido no texto-final aprovado pelos parlamentares.

Reportagem publicada pela Folha denunciou a inclusão do anexo no texto orçamentário. Segundo a reportagem, o anexo é formado por emendas parlamentares, que têm como "pais" 96 deputados e senadores das bancadas partidárias de 16 Estados.

O deputado João Leão (PP-BA) confirmou que a maioria das emendas do anexo veio de membros da comissão. Os gastos do anexo não se confundem com as emendas parlamentares propriamente ditas, que neste ano já vão abocanhar R$ 15,2 bilhões, de um total de R$ 99 bilhões previstos em investimentos.

Comentários dos leitores
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
Bolinha da Lulu (843) 31/01/2010 15h00
pelos comentários tem muita gente que adora ser roubado. Creio que o melhor seria deixa-los na confluência das grandes avenidas no horário do "rush" com placas dizendo que querem ser assaltados para saber como é difícil ser achacado por um meliante no meio da rua ou dentro de sua casa no horário do jornal nacional por um político que se diz dos trabalhadores. Quem sabe após ser severamente espoliado de seus recursos e tiver que ir até um posto médico para receber atendimento, marcar a consulta para depois de 3 meses, ou se precisar de um aparelho para sua sobrevivência ter que esperar a burocracia determinar se ele realmente precisa, ou ainda estar em uma lista de espera para ser operado, mas como o responsável recebia propina para passar pacientes na frente se bloqueia tudo e se fica a míngua sem atendimento ou meios de conseguir o mesmo beneficio por não ter dinheiro.
É fácil falar aqui dos erros que ocorrem ou achar desculpas para as palhaçadas que fazem, mas nada disso mudará a realidade de um povo inculto, pobre, sem recursos e desamparado pelos político que estão lá apenas para deixarem de ser povo e poderem se tornar a elite privilegiada de poder ser tratada no Sírio Libanes ou no Albert Einstein, já o Incor ou o HC não é mais para as elites.
sem opinião
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Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Walmer Neves (20) 31/01/2010 02h12
Prezados,
Minha sugestão é de que o presidente tope o que a oposição quer.... o cumprimento do acordo que o PPS,DEMOS e PSDB impõe como condição para aprovar o orçamentoe e o marco regulatório do PRÉ-SAL.
Tipo:
Vamos fazer assim, OPOSIÇÃO: COLOCAREMOS O EVETO PARA APRECIAÇÃO DO CONGRESSO, MELHOR AINDA, VAMOS RETIRAR O VETO CONSTITUCIONAL.
MÁS !!!!! ... como contrapartida iremos medir os impactos economicos negativos para o GOV. e os impactos sociais para sociedade e veicularemos em mídia nacional.
TOPA... SEU RONALDO CAIADO!?!?
é só colocar o veto para apreciação no plenário do Congresso Nacional. Caso contrário, é obstrução total!", ameaçou Caiado no no twitter.
sem opinião
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alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
alvaro luiz valim (18) 30/01/2010 20h25
280 milhoes por mes, 25000 desempregados, quem pagara a brincadeira, o TCU?, a midia? a opsiçao? 6 opiniões
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