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29/02/2008 - 07h30

Sem-terra baleado em conflito em Alagoas continua internado

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JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha

O caso mais grave entre os nove sem-terra baleados na fazenda Lagoa Comprida, em Piranhas (AL), é o de José Francisco dos Santos, que foi alvejado com vários estilhaços de chumbo na região do olho esquerdo. Ele não corre risco de perder a vida. Na tarde de ontem, ele permanecia internado em um hospital em Paulo Afonso (BA).

Osmar dos Santos, que também foi internado no hospital, foi liberado pela manhã. Em Arapiraca (AL), o sem-terra José Cruz, que foi encaminhado a um hospital, também havia sido liberado ontem.

Para o ouvidor agrário estadual, Marcos Bezerra, o confronto em Piranhas foi "um embate desproporcional". "Os trabalhadores estavam com facões, enxadas. E havia jagunços, uma milícia própria."

O fazendeiro Jorge Gonçalves, que foi preso pela polícia em flagrante acusado de tentativa de homicídio, foi transferido da cidade de Delmiro Gouveia para Maceió.

Segundo o advogado dele, Lenilson de Santana, não havia condições de segurança para seu cliente no município.

"A cidade é pequena, a delegacia é insegura. Uma vez já foi invadida por sem-terra. Para evitar maiores transtornos, ele foi levado para Maceió."

O advogado, que entrou com pedido de liberdade na Justiça para o fazendeiro, negou que seu cliente tenha mandado atirar nos sem-terra.

Segundo ele, quem atirou foi um funcionário da fazenda e um colega do fazendeiro, após um grupo de sem-terra agredir Gonçalves e colocar uma faca em seu pescoço. Santana também negou a existência de pistoleiros na fazenda.

 

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