Publicidade
Publicidade
Lula minimiza trabalho degradante no país
Publicidade
MAURÍCIO SIMIONATO
SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha, em Campinas
Ao defender o crescimento econômico do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem, em Campinas (95 km de SP), países europeus que falam sobre o desmatamento da Amazônia. Lula minimizou também ocorrências de trabalho análogo à escravidão no país.
"Vira e mexe agora virou moda você ir para um debate na Europa e alguém ficar dizendo que nós estamos desmatando a Amazônia. [Eles] não têm noção do crescimento da produtividade brasileira acontecido nos últimos 15 anos", disse Lula durante discurso na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Em janeiro, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou dados sobre o aumento do desmatamento na Amazônia. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) apontou como prováveis causas do desmatamento a pressão por aumento da produção de soja e carne. A Secretaria de Meio Ambiente do governo de Mato Grosso contestou os números.
Na ocasião, o presidente anunciou medidas emergenciais contra o desmatamento, mas criticou o "alarde" na divulgação do estudo.
Ontem, Lula pediu "mais responsabilidade e maturidade" aos brasileiros no momento em que forem falar do Brasil. "Nós brasileiros temos que ter mais responsabilidade e mais maturidade porque, cada vez que nós abrirmos a boca para dizer alguma coisa, isso não vai ter repercussão apenas internamente, vai ter repercussão lá fora."
No fim do mês passado, o governo federal lançou a Operação Arco de Fogo, que mobilizou forças federais no combate ao desmatamento e comércio clandestino de madeira na Amazônia Legal.
Trabalho escravo
Lula chegou a se referir à Revolução Industrial, ocorrida na Europa no século 18, para minimizar casos atuais de trabalho análogo à escravidão no Brasil em usinas de cana-de-açúcar.
"Vira e mexe nós estamos vendo agora eles [europeus] falarem do trabalho escravo no Brasil sem lembrar que com o desenvolvimento deles na base do carvão o trabalho era muito mais penoso do que o trabalho da cana-de-açúcar", disse.
Na semana passada, em uma blitz em usinas de cana-de-açúcar em Alagoas, uma força-tarefa do Ministério Público do Trabalho e do grupo móvel do Ministério do Trabalho resgatou mais de 600 trabalhadores em condições degradantes.
O presidente disse ainda que o país deixou de ser "aquele país bonito de samba, Carnaval e jogador de futebol" e passou a competir "com aqueles que detinham o domínio do mercado mundial".
Lula inaugurou pela manhã as novas instalações da Embrapa Monitoramento por Satélite. O órgão terá laboratórios para recepção de dados por satélite e para pesquisas sobre a biodiversidade de áreas agrícolas. Lula anunciou que fará um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Embrapa.
Depois, Lula inaugurou o Centro de Nanociência e Nanotecnologia Cesar Lattes, também em Campinas. Ainda na cidade, Lula visitou a empresa Samsung, onde ganhou o novo telefone celular com TV digital lançado pela empresa.
Leia mais
- Forças federais destroem 112 fornos de carvão em Tailândia
- Sem-terra devastam área de 150 mil hectares no Pará
- Madeireiras e carvoarias de Tailândia são multadas em R$ 1,5 milhão
- Moradores de Tailândia pedem empregos enquanto esperam por cestas básicas
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
avalie fechar
Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
avalie fechar
avalie fechar