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Governistas e oposicionistas disputam poder na abertura da CPI dos Cartões
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A primeira reunião de trabalhos da CPI dos Cartões Corporativos se transformou em um embate entre governo e oposição, uma prévia da disputa política que promete nortear as investigações sobre o uso dos cartões pelo governo federal.
A oposição apresentou uma série de requerimentos de convocações de ministros e ecônomos --funcionários da Presidência da República que usam os cartões corporativos para pagar despesas no Palácio do Planalto--, enquanto os governistas se esforçaram para tentar blindar autoridades federais nas apurações.
O deputado Silvio Costa (PMN-PE) chegou a bater boca com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ao criticar a disposição da oposição em aproximar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva das irregularidades no uso dos cartões. "Estão querendo até convocar a filha do presidente que nem cartão corporativo tem", disse Costa. Exaltado, o deputado não concedeu a palavra a Demóstenes, que reagiu: "Vossa Excelência nem sabe ler", criticou o democrata.
Ao final do bate-boca, Costa disse que o governo não vai permitir que a oposição use a CPI como "palco político" em ano eleitoral.
DEM e PSDB apresentaram requerimentos de convocação dos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Jorge Hage (Controladoria Geral da União), Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), Orlando Silva (Esportes) e Altemir Gregolin (Pesca), além da ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial). Os três últimos são acusados de cometer abusos com os cartões corporativos.
A oposição também defende a convocação de funcionários da Presidência da República que administram o uso dos cartões para despesas do presidente Lula.
Os governistas, por sua vez, pediram a convocação dos ex-ministros Martus Tavares (Planejamento) e Pedro Parente (Casa Civil), ambos da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A comissão voltará a se reunir amanhã para colocar em votação os requerimentos apresentados pelos integrantes da CPI.
Cronograma
A CPI também aprovou nesta terça-feira o plano de trabalhos apresentado pelo relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), para os próximos 90 dias. Sérgio propôs que os primeiros 20 dias de trabalhos da comissão sejam dedicados às apurações de dados levantados pela CGU, TCU (Tribunal de Contas da União).
Na primeira etapa dos trabalhos, o relator também incluiu os depoimentos dos ex-ministros da gestão FHC e de representantes do TCU e CGU.
Na segunda etapa, Sérgio propôs que a CPI use 30 dias para apurar irregularidades no uso dos cartões corporativos por integrantes do governo federal, o que inclui os depoimentos dos ministros envolvidos em supostas fraudes.
O relator ainda sugere uma terceira etapa, de 20 dias, para que a comissão discuta mecanismos capazes de aprimorarem o uso dos cartões pela administração federal. Por fim, Luiz Sérgio quer dedicar mais 20 dias de trabalhos da CPI para a conclusão do seu relatório.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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