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12/03/2008 - 12h45

Governo consegue adiar na CPI votação de requerimentos sobre dados sigilosos

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo federal mobilizou sua tropa de choque na CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos para adiar a votação de requerimentos que solicitam a quebra do sigilo de informações dos gastos com cartões corporativos realizados por funcionários da Presidência da República. Depois de intensos debates com a oposição, os governistas conseguiram convencer parlamentares do DEM e do PSDB a fecharem acordo para adiar a votação dos requerimentos.

Em contrapartida, os governistas aceitaram aprovar requerimentos que convidam o ministro Jorge Félix (Segurança Institucional) e o delegado Paulo Lacerda, presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), para discutir o uso dos cartões pelo governo federal.

A CPI também aprovou requerimento de convite para que o general Alberto Cardoso, ex-ministro de Segurança Institucional, e o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, ex-presidente da Abin, prestem esclarecimentos à CPI sobre os cartões.

"As audiências vão colaborar muito mais com os trabalhos da CPI do que aprovarmos o requerimento", disse o deputado Carlos Willian (PTC-MG). A oposição espera que Lacerda e Félix apresentem à CPI dados sigilosos sobre os cartões. "Até os dados ultra-sigilosos da Abin são fiscalizados e o Congresso tem acesso a eles", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Pelo acordo, a CPI só colocará em votação novamente os requerimentos sobre os dados sigilosos do governo federal com os cartões corporativos após ouvir os atuais e ex-representantes da Abin e do Gabinete de Segurança Institucional.

Embate

Os governistas argumentaram que a CPI não pode quebrar o sigilo de gastos da Presidência da República por questões de segurança nacional. "Não adianta trazer dados sigilosos porque fantasmas invadem o cofre da CPI e vazam tudo para a imprensa", criticou o deputado Nilson Mourão (PT-AC).

O senador João Pedro (PT-AM) lembrou que o STF (Supremo Tribunal Federal) já negou pedido para a quebra do sigilo de gastos do governo federal. "O STF já negou dados sigilosos. Se quiserem politizar, atingir o nosso governo, não vamos aceitar", enfatizou.

Em contrapartida, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que os parlamentares são responsáveis pelo sigilo das informações que chegarem à CPI --por isso a comissão tem o direito de ter acesso aos dados da Presidência da República.

"Nós não podemos trocar a nossa biografia pelos erros dos outros. Nós temos o direito de ter acesso a esses dados. O deputado ou o senador que vazar essas informações que pague com o seu mandato", defendeu o democrata.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
Eduardo Giorgini (345) 12/10/2009 11h02
"Oposição critica sigilo em gastos do governo após análise das informações no TCU"
Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Luís da Velosa (1172) 18/08/2009 07h48
Cartão Corporativo... mais atos secretos. Cadê a transparência?! Meu Deus, que horror! Quanto cinismo! Quanta corrupção! sem opinião
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Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
Monica Rego (311) 17/08/2009 15h49
La vem a mídia conservadora e os demos tucanos, com memória curta já devem ter se esquecido do serra-card ou alguma coisa mudou?!
Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
33 opiniões
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