Operação Arco de Fogo aplica R$ 23 milhões em multas no Pará

A Operação Arco de Fogo, de combate à extração e venda clandestina de madeira na Amazônia Legal, já aplicou 100 multas no valor total de R$ 23,1 milhões e apreendeu 23,3 mil m³ de madeira ilegal, em tora e serrada, em Tailândia (PA), segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

A fiscalização federal começou no dia 26 de fevereiro com ação de agentes da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança, do Ibama e da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) do Pará.

Segundo o Ibama, os fiscais destruíram 1.175 fornos de carvão e vistoriaram 53 estabelecimentos, entre madeireiras, carvoarias e propriedades de pessoas físicas. Todos foram multados por alguma irregularidade, como funcionamento sem licença ou depósito de madeiras sem origem legal comprovada.

Na operação em Tailândia os fiscais também embargaram 14 serrarias --destas quatro foram completamente desmontadas--, 25 carvoarias ilegais e seis áreas onde há desmatamento recente num total de 4,2 mil hectares.

O Ibama explicou por meio de nota que as equipes trabalham em três frentes: uma nas madeireiras, outra nas carvoarias e a terceira nas áreas com foco de desmatamento.

Segundo o coordenador das operações em Tailândia, Bruno Versiani, a terceira frente atua com apoio de uma aeronave do Ibama e do geoprocessamento, que permite a visualização das áreas que possuem algum foco de desmatamento num raio de 200 quilômetros ao redor de Tailândia.

"Os analistas ambientais vão até às áreas visualizadas, fazem a medição da área para comparar a realidade com os registros da área feitos entre 2004 e 2008 pelos satélites. Caso haja desmatamento, a equipe vai ao local e notifica o responsável", disse Versiani na nota do Ibama.