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07/04/2008 - 09h18

MST invade três propriedades no Pontal para protestar contra projeto de Serra

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CRISTIANO MACHADO
colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente

Grupos de sem-terra ligados a José Rainha Jr. promoveram três invasões de fazenda no Pontal do Paranapanema (oeste de SP) no final de semana. As ações tiveram início na tarde de sábado, com a invasão das fazendas Guarani, em Presidente Bernardes (589 km a de SP), e São Matheus, em João Ramalho (505 km a de SP).

Na manhã de ontem, o alvo foi a fazenda Santa Tereza, em Presidente Venceslau (620 km de SP). A Polícia Militar disse que até o final da tarde nenhum dos proprietários havia registrado boletim de ocorrência.

Segundo Sérgio Pantaleão, um dos líderes da ala do MST liderada por Rainha, cerca de 200 pessoas participaram das invasões.

Ele disse que as invasões fazem parte da mobilização do "Abril Vermelho" --período em que os sem-terra intensificam os protestos para lembrar a morte de 19 pessoas em confronto com a Polícia Militar do Pará, em 1996.

Pantaleão afirmou que as invasões têm ainda o objetivo de protestar contra projeto de lei do governador José Serra (PSDB) enviado à Assembléia Legislativa que regulariza áreas suspeitas de serem devolutas no Pontal.

Entre os imóveis invadidos no final de semana, a fazenda Guarani é o alvo mais freqüente dos sem-terra. Esta foi a 18ª invasão na área desde janeiro de 2003, conforme levantamento baseado em números do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).

O advogado Alfredo Vasques da Graça Jr., que defende o arrendatário da propriedade, Nilson Riga Vitalle, disse que vai protocolar um novo pedido de reintegração de posse no fórum da cidade.

Segundo Pantaleão, a propriedade foi escolhido por ser "devoluta e improdutiva". Já Graça Jr. afirmou que Vitalle cria na área mais de 500 cabeças de gado de corte.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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