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MST invade três propriedades no Pontal para protestar contra projeto de Serra
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CRISTIANO MACHADO
colaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Grupos de sem-terra ligados a José Rainha Jr. promoveram três invasões de fazenda no Pontal do Paranapanema (oeste de SP) no final de semana. As ações tiveram início na tarde de sábado, com a invasão das fazendas Guarani, em Presidente Bernardes (589 km a de SP), e São Matheus, em João Ramalho (505 km a de SP).
Na manhã de ontem, o alvo foi a fazenda Santa Tereza, em Presidente Venceslau (620 km de SP). A Polícia Militar disse que até o final da tarde nenhum dos proprietários havia registrado boletim de ocorrência.
Segundo Sérgio Pantaleão, um dos líderes da ala do MST liderada por Rainha, cerca de 200 pessoas participaram das invasões.
Ele disse que as invasões fazem parte da mobilização do "Abril Vermelho" --período em que os sem-terra intensificam os protestos para lembrar a morte de 19 pessoas em confronto com a Polícia Militar do Pará, em 1996.
Pantaleão afirmou que as invasões têm ainda o objetivo de protestar contra projeto de lei do governador José Serra (PSDB) enviado à Assembléia Legislativa que regulariza áreas suspeitas de serem devolutas no Pontal.
Entre os imóveis invadidos no final de semana, a fazenda Guarani é o alvo mais freqüente dos sem-terra. Esta foi a 18ª invasão na área desde janeiro de 2003, conforme levantamento baseado em números do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
O advogado Alfredo Vasques da Graça Jr., que defende o arrendatário da propriedade, Nilson Riga Vitalle, disse que vai protocolar um novo pedido de reintegração de posse no fórum da cidade.
Segundo Pantaleão, a propriedade foi escolhido por ser "devoluta e improdutiva". Já Graça Jr. afirmou que Vitalle cria na área mais de 500 cabeças de gado de corte.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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