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Ministro da Pesca nega que tenha feito campanha para Lula durante evento oficial no Pará
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Altemir Gregolin (Pesca) atribuiu nesta quinta-feira à disputa política entre governo e oposição a denúncia de que fez uso eleitoral da máquina pública nas eleições presidenciais de 2006, revelada pelo deputado Vic Pires (DEM-PA) à CPI dos Cartões Corporativos. Segundo o ministro, a oposição quer "politizar o debate" porque não encontrou irregularidades em seus gastos com os cartões.
"A oposição tem o direito de politizar o debate, faz parte do jogo político. Mas a própria oposição reconhece que não houve mau uso do cartão", afirmou. Gregolin reiterou que não fez campanha em favor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante eventos no interior do Pará, em outubro de 2006, quando entregou carteiras de trabalho a pescadores do Estado.
Gregolin argumenta que, além do evento oficial, participou de reunião no diretório estadual do PT fora do horário de trabalho --onde confirma que teria atuado em favor de Lula. "Eu tive agenda oficial no Estado, cumpri várias tarefas naquela oportunidade. Eu estive em uma agenda à noite, na sede do PT. Fora do horário de trabalho posso fazer qualquer outra agenda", afirmou.
O ministro evitou admitir, no entanto, que teria pedido votos para o petista durante os eventos oficiais com pescadores, como acusa a oposição. Segundo Pires, o ministro disse durante atos oficiais no interior do Pará que os pescadores tinham que ir "para a porrada' contra a oposição, uma vez que se o tucano Geraldo Alckmin fosse eleito para a Presidência da República privatizaria a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Apesar das acusações, Gregolin disse que não foi "surpreendido" pelo democrata porque já havia respondido à denúncia na Justiça do Pará, que arquivou a ação por falta de provas. "Numa CPI, todas as perguntas são cabíveis e possíveis", afirmou.
O ministro evitou polemizar a sugestão de Pires para que o governo federal o demita do cargo depois da revelação do uso eleitoral da máquina pública. "Eu estou desenvolvendo essa atividade com responsabilidade, estou muito tranqüilo."
Cartões
No depoimento de pouco mais de uma hora à CPI, Gregolin negou que tenha usado o cartão de pagamentos do governo para despesas pessoais. O ministro disse que fez uso do cartão "exclusivamente no cumprimento" de sua agenda de trabalhos. Ele também negou que tenha efetuado saques com o cartão corporativo, apesar da legislação lhe facultar esse direito.
Gregolin entrou na mira da CPI depois de usar o cartão corporativo do governo para pagar uma conta de conta de R$ 512,60 numa churrascaria de Brasília. O ministro disse que ofereceu o almoço para uma comitiva chinesa que visitava o Brasil, uma vez que o país é o maior produtor de pescado mundial.
Mas reconheceu que a CGU (Controladoria Geral da União) considerou a despesa "irregular" porque o órgão, que é auxiliar da Presidência da República, não poderia pagar a conta com o cartão.
"Imediatamente depois, eu recolhi aos cofres públicos esse valor. A CGU ratificou esse entendimento quando analisou as minhas contas e sugeriu, ao governo, a criação de regras que permitissem aos órgãos não essenciais do governo pagar despesas de trabalho com delegações estrangeiras. Nós tínhamos a compreensão de que era possível o pagamento. Mas não houve má fé, nem dolo", afirmou.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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