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Tarso pede informações sobre suposto vazamento de operação contra desvio no BNDES
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Justiça) pediu nesta terça-feira esclarecimentos ao diretor-geral da PF (Polícia Federal), Luiz Fernando Corrêa, sobre suposto vazamento de informações da Operação Santa Tereza e eventual exposição dos suspeitos. Reportagem publicada hoje na Folha mostra que relatórios da PF atribuem ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, um plano para criar "um escândalo" que pudesse atingir o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o então secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi (PDT-SP).
Tarso negou que Paulinho e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), sejam investigados na operação. De acordo com o ministro, deputados só podem ser investigados com permissão do STF (Supremo Tribunal Federal), o que não ocorreu neste caso.
"Os deputados não estão sendo investigados. Eles não são objetos do inquérito. A PF para investigar um parlamentar só o faz com determinação do Supremo, portanto, não há nenhuma questão em relação a isso", afirmou Tarso, após cerimônia de combate à violência promovida pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Brasília.
O ministro disse que pediu ao diretor-geral da PF dois esclarecimentos: um sobre a divulgação de detalhes da operação e outro relacionado à exposição dos suspeitos.
"Primeiro [quero saber] se a publicitação daqueles documentos do inquérito foi feita de maneira regular. Se houve uma atitude de algum policial de oferecer à imprensa ou se foi oferecido por algum advogado. Bem, os advogados tiveram acesso ao inquérito e receberam os disquetes. Se os advogados divulgaram, é uma tática de defesa já visando o processo judicial, não há problema. Mas se houve uma distribuição precipitada por algum policial... Vai responder porque o fez de maneira irregular", afirmou Tarso.
Segundo Tarso, a outra informação que ele quer saber é se o manual de procedimentos destinado a prisões foi cumprido pelos policiais federais de São Paulo. "A outra informação que eu pedi é se o manual dos procedimentos na hora das prisões foi cumprido porque há uma orientação, e vocês são testemunhas que ela está sendo cumprida, de não expor as pessoas nem infringir qualquer humilhação no momento da prisão", disse ele.
Em seguida, o ministro afirmou: "Pelas fotografias e imagens que vi na televisão nas reportagens, parece que não houve cautela porque lá na PF em São Paulo, as pessoas que são detidas podem entrar por trás. Mas se elas entraram pela frente e foram expostas [à imprensa], aí foi um procedimento equivocado.São esclarecimentos que visam o aperfeiçoamento dos procedimentos policiais, que aliás vêm sendo conduzidos de maneira correta".
Investigações
Segundo a reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha desta terça-feira, Vinholi, também do PDT, renunciou no último dia 7 de março. Escutas mostram Paulinho pedindo ao ex-policial militar Wilson de Barros Consani Júnior subsídios para atingir Kassab e seu secretário. O coronel reformado foi preso na última quinta-feira.
A estratégia de Paulinho era atingir Kassab para abrir espaço para uma eventual candidatura à Prefeitura de São Paulo.
De acordo com a reportagem, o nome do deputado é citado várias vezes no relatório da PF feito na Operação Santa Tereza. A operação, iniciada na última quinta-feira, desarticulou um grupo acusado de envolvimento com tráfico local e internacional de mulheres, exploração de atividade de prostituição e em fraudes em concessão de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Dez pessoas foram detidas até a terça-feira (28). Entre elas estão o advogado Ricardo Tosto --um dos mais famosos de São Paulo-- e o executivo Boris Timoner.
A investigação teria esbarrado ainda em Henrique Eduardo Alves, de acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo".
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O extenso boletim de ocorrência da candidada do PT à presidência da República está disponível na internet. Mas cadê os meios de comunicação para divulgar?
Cadê as famílias dos assassinados para cobrar? A direção dos bancos para se manifestar?
Enquanto vamos ficando calados, essa gente vai tomando o poder. Infelizmente.
Brasil: terra comandada por gente que compra e vende a nação, e com a anuência do povo, que, ignorante, se vê espelhado num presidente que é apenas o AVATAR de um partido-religião, onde fanáticos são usados para deixar a trupe se perpetuar no poder.
A Lei não pode fazer nada?
A Lei não pode por para fora essa gente?
Mas que Lei, se quem manda na nação são os FORA-DA-LEI?
Já chega de pagar indenização milionária para quem quis transformar nosso país em Cuba.
O povo não sabe do decreto que o presidente assinou SEM LER.
E os asseclas do PT agora dizem que Dilma não era terrorista...
Onde está a mídia?
Brasil, um país de toLos!!!
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Fico triste quando vejo alguns referindo-se ao PT ou ao Lula, como nazistas falando de judeus, ou qualquer outra coisa parecida.
Acho que ainda está pra nascer um partido político isento dos males praticados por todos que aí estão, inclusive o PT.
Mas atribuir somente ao PT o crédito da sujeira de toda a classe política, me parece algo meio que, parcial, meio que, de gente preconceituosa.
Gosto de política e há muito tempo observo seus componentes, o exercício de seus mandatos, suas palavras. E hoje vejo que o governo do PT e do Presidente Lula, não conseguiu ser pior do que o de outros presidentes e partidos.
Portanto, atribuir a culpa de todos os males a eles - que tambem erram - é algo de alguém que está desesperado, com medo de que o candidato ou partido de sua preferência não seja eleito.
Lembre-se, "TODO FANÁTICO É TOLO", e mais tolo ainda, o fanático por política, porque a política é suja.
Portanto, SER FANÁTICO POR POLÍTICA É TOLICE E TODO TOLO FANÁTICO POR POLÍTICA É PRECONCEITUOSO E EGOÍSTA!!!, que nojo...
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