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06/05/2008 - 16h07

Chinaglia vai substituir proposta de criação de auxílio-funeral para parlamentares

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Depois de autorizar a apresentação de projeto que institui uma verba para que os deputados federais tenham auxílio-funeral, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) voltou atrás da decisão nesta terça-feira. O presidente da Câmara disse que vai apresentar "novas propostas" durante reunião da Mesa Diretora da Casa para substituir o projeto anterior.

Chinaglia disse que assinou o projeto, aprovado por unanimidade pela Mesa Diretora, sem se dar conta do seu teor.

O deputado não quis admitir, no entanto, que assinou o projeto sem ler o seu conteúdo --embora tenha afirmado que recebeu uma "pilha de papéis" entre os quais estava o referente ao auxílio-funeral.

"Quando o diretor-geral da Casa apresenta [um projeto], aquilo convence. Foi esse o ponto de partida dele, que procurou a experiência de outros órgãos públicos para o auxílio funeral. Como tínhamos várias outras matérias, deu-se o encaminhamento. É o presidente da Câmara que assina todas as resoluções da Mesa. Me foram apresentadas dezenas de papéis", justificou.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira revela que o projeto, assinado por Chinaglia, coloca sob responsabilidade da Câmara a realização de toda a cerimônia fúnebre de parlamentares, incluindo a compra do caixão, ou destina cota de R$ 16.500 para ressarcimento à família dos gastos efetuados. O texto abre ainda a possibilidade de a Câmara bancar as despesas funerárias até mesmo de ex-deputados.

Na justificativa do projeto, aprovado por unanimidade pela Mesa da Câmara em reunião de 26 de março, Chinaglia escreve que o projeto é resultado de "estudos de grupo de trabalho constituído pela Diretoria Geral" da Câmara. Para entrar em vigor, o projeto teria que ser aprovado no plenário da Casa.

O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio de Almeida, afirma que o projeto é de sua responsabilidade e que será discutido "abertamente" pelo plenário da Casa. Além de 15 salários anuais de R$ 16.500, os deputados recebem mensalmente auxílio-moradia (R$ 3.000), cota postal e telefônica (R$ 4.200), verba para contratação de assessores (R$ 60 mil), verba para manutenção de escritórios nos Estados (R$ 15 mil) e cota para aquisição de passagens aéreas (varia de R$ 4.400 a R$ 17,6 mil).

Defesa

Chinaglia defendeu a regulamentação do auxílio-funeral aos parlamentares com o argumento de que os deputados podem vir a falecer enquanto estão em missões oficiais da Câmara em outros Estados ou no exterior.

"O deputado pode eventualmente morrer no exercício da sua função. Queremos dar uma saída apropriada para a família naquela situação. Vou apresentar uma outra proposta para rediscutirmos os pontos", disse.

Atualmente, os deputados fazem uma espécie de "caixinha" para ajudar a família de um parlamentar morto com o valor individual equivalente a um dia de trabalho na Câmara.

Chinaglia argumentou, porém, que os recursos acabam liberados para a família do parlamentar somente no final do mês, o que nem sempre ajuda os familiares no momento em que vão executar as despesas.

Apesar da defesa do auxílio-funeral, Chinaglia reconheceu que a maioria das famílias de deputados tem condições de bancar o enterro dos parlamentares diante do salário recebido mensalmente por cada um. "Nós não podemos transformar a exceção em regra porque ninguém vai acreditar, com razão."

Comentários dos leitores
gean monteiro (3) 21/01/2010 09h20
gean monteiro (3) 21/01/2010 09h20
PRESTAÇÃO DE CONTA-Ora, tratou-se de tentativa até grosseira de "arrumar" o ilícito anteriormente praticado, sendo que esse aspecto foi, inclusive, consignado na decisão de primeira instância (reprovação). É importante destacar, neste aspecto da proporcionalidade em sentido estrito, que analisando, veja quanto ela gastou na campanha eleitoral, de um município de 49.000 eleitores, apenas a prestação de contas da candidata às fls. 128/162, verifico que somente tramitaram pela conta da recorrida, aberta para eleições, o valor de R$ 5.360,00, enquanto os valores não declarados correspondem a R$ 2.560,00, ou seja, mais de 40% dos valores efetivamente declarados. Este fato só acontece no Maranhão, próximo a capital.Sendo afilhada da família Sarney, Nelma Sarney Presidente do TRE-MA, deu ganho de causa, mesmo pedindo a Promotora do Município e a Procuradora Eleitoral do Estado e não conseguiram cassar, por que o Relator passou por cima de todas as leis e disse que não houve nada, e que era legal a doação de gasolina em plena campanha eleitoral, se alguém quiser comprovar o n° do processo é PROCESSO N° 6957/08 - CLASSE 30 - PAÇO DO LUMIAR - 93ª ZONA ELEITORAL. Fatos do Maranhão - Voto de Relator "Juiz TER-MA" - Família Sarney - José Carlos Sousa Silva - Juiz do TRE-MA e Presidente da Fundação Sarney - Convento das Mercês. sem opinião
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gean monteiro (3) 21/01/2010 09h19
gean monteiro (3) 21/01/2010 09h19
ESCANDALOSO O QUE HOUVE NO MARANHÃO AO COMANDO DOS SARNEY'S - VEJA COMO FAZ-SE PREFEITOS AQUI NO MARANHÃO, BASTA SER AMIGOS DOS SARNEY'S. Ocorrido no dia 02 de agosto de 2008 no Município de Paço do Lumiar onde, segundo afirma o Recorrente, teria havido ampla distribuição de combustível (compra de voto), com total inobservância das regras relativas a arrecadação e gastos de campanha. Segundo relata a Promotoria da 93ª Zona Eleitoral, a própria Prefeita eleita de Paço do Lumiar, Glorismar Rosa Venâncio, teria se dirigido ao Posto Maiobão e adquirido 1000(mil) litros de combustível para distribuição a munícipes que participaram de uma carreata a ser realizada naquela data, tendo o combustível sido pago com dois cheques de terceiros nos valores de R$ 1.560,00 (hum mil quinhentos e sessenta reais) e de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Diante das declarações supra transcritas feitas em juízo, bem como das imagens constantes das mídias de DVD e notas de combustível. Isto é a prova da compra de voto. sem opinião
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gean monteiro (3) 20/01/2010 18h10
gean monteiro (3) 20/01/2010 18h10
ESCANDALOSO O QUE HOUVE NO MARANHÃO AO COMANDO DOS SARNEY'S - VEJA COMO FAZ-SE PREFEITOS AQUI NO MARANHÃO, BASTA SER AMIGOS DOS SARNEY'S. Ocorrido no dia 02 de agosto de 2008 no Município de Paço do Lumiar onde, segundo afirma o Recorrente, teria havido ampla distribuição de combustível (compra de voto), com total inobservância das regras relativas a arrecadação e gastos de campanha. Segundo relata a Promotoria da 93ª Zona Eleitoral, a própria Prefeita eleita de Paço do Lumiar, Glorismar Rosa Venâncio, teria se dirigido ao Posto Maiobão e adquirido 1000(mil) litros de combustível para distribuição a munícipes que participaram de uma carreata a ser realizada naquela data, tendo o combustível sido pago com dois cheques de terceiros nos valores de R$ 1.560,00 (hum mil quinhentos e sessenta reais) e de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Diante das declarações supra transcritas feitas em juízo, bem como das imagens constantes das mídias de DVD e notas de combustível. Isto é a prova da compra de voto.
é PROCESSO N° 6957/08 - CLASSE 30 - PAÇO DO LUMIAR - 93ª ZONA ELEITORAL. Fatos do Maranhão - Voto de Relator "Juiz TER-MA" - Família Sarney - José Carlos Sousa Silva - Juiz do TRE-MA e Presidente da Fundação Sarney - Convento das Mercês.
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