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11/10/2002 - 14h31

Banco Central ainda tem armas para conter alta do dólar, diz FHC

FÁBIO PORTELA
da Folha Online

Um dia depois de o dólar atingir a cotação recorde do Plano Real, fechando a quinta-feira a R$ 3,99, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Banco Central ainda dispões de instrumentos capazes de assegurar o equilíbrio do câmbio.

FHC, no entanto, se recusou a dizer claramente quais seriam esses instrumentos e porque eles não foram usados até agora. "Não vou falar quais são porque não podemos entregar o jogo", disse FHC.

"É preciso esperar mais um pouco. Eu não gosto nem de falar de câmbio porque o assunto é muito delicado e qualquer palavra minha pode servir para especulação. Vamos confiar."

Fernando Henrique disse ainda que a principal causa do nervosismo do mercado é a diminuição de recursos disponíveis para investimentos. "O que aconteceu foi que a liquidez secou".

Ele também destacou a tensão que antecede as eleições como uma das causas da pressão sobre o câmbio. "Todo brasileiro tem que ser patriótico e externar com frequência que o país tem rumo e vai cumprir os contratos".

Armínio Fraga emitiu hoje uma nota oficial reafirmando que o país está atravessando uma crise "de crédito e de confiança". Ele disse, no entanto, que isso não significa que o Banco Central irá ficar parado.

"Seria um absurdo. O BC vai continuar trabalhando como sempre trabalhou em momentos difíceis do passado, dando conta do recado", afirmou Fraga na nota oficial.

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