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Assessor tucano cita servidora ligada a Dilma como coordenadora do dossiê
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Depois de afirmar que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, é responsável pela montagem do dossiê com gastos da gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o assessor parlamentar André Fernandes também envolveu nesta terça-feira outra servidora ligada à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na montagem do dossiê. Fernandes disse que Erenice determinou à chefe da Diretoria de Recursos Logísticos do órgão, Maria de La Soledad Castrillo --conhecida como Marisol--, a responsabilidade por coordenar o grupo que montou o dossiê.
Fernandes disse que os nomes de Erenice e Marisol foram revelados por José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil, de quem recebeu o dossiê com os gastos de FHC. O assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) reiterou em diversos momentos durante depoimento que presta à CPI dos Cartões Corporativos que Aparecido lhe fez as revelações durante almoço no Clube Naval de Brasília, depois de receber o dossiê.
O assessor disse que o almoço ocorreu a seu pedido porque queria saber "detalhes" sobre a montagem do dossiê. Segundo Fernandes, Aparecido chegou "nervoso" na ocasião, mas acabou revelando os nomes de Erenice e Marisol. Fernandes disse à CPI que, além do ex-secretário, outros dois servidores que têm ligação com os dois participaram do encontro --Nélio Lacerda Wanderlei, diretor do Ministério do Planejamento, e Marco Pólo, servidor do TCU (Tribunal de Contas da União) cedido ao Senado.
Segundo o assessor, os dois servidores são testemunhas do que Aparecido afirmou durante o almoço. "Não posso responder por eles. Mas que ele [Aparecido] falou, falou." Fernandes negou, no entanto, que tenha gravado trechos do almoço para comprovar que Aparecido atribuiu a responsabilidade do dossiê a Dilma e Erenice. "Gravar [o almoço] seria crime. O que eu sei é que eu não tenho uma fita", enfatizou.
Fernandes disse à CPI que Nélio e Marco Pólo tinham como objetivo manter a amizade entre ele e Aparecido, mas depois do episódio do dossiê rompeu "em definitivo" ligações com o ex-secretário.
"Amigos sempre quiseram tentar manter o que é impossível ser mantido [a amizade]. Temos amigos em comum", explicou. Segundo o assessor, Aparecido está na sua lista de e-mails entre os amigos para os quais envia "brincadeiras" --como o power point que disse ter enviado antes de receber de volta o dossiê do ex-secretário.
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"Segundo o parecer da Procuradoria, "com exceção das imputações feitas nas referidas representações --imputações que não se confirmaram-- não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, do ministro da Justiça Tarso Genro e do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, nos fatos noticiados, nenhuma prova de que partiu da primeira a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão dos demais na apuração dos fatos". "
Tá bom, vou fazer de conta que eu acredito.
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Só espero que o senado barre essa aquisição do TCU. Se for eleição 50% + 1 ela tá dentro, mas se tiver que ser 2/3 do senado, temos alguma chance para que isso não ocorra.
Prefiro o Múcio, pois não é fiel a ninguém, só a ele mesmo e assim alguma falcatrua sempre sobra e nós ficamos sabendo e podemos pressionar, com a Eunice isso não aocnteceria, apenas o que fosse oposição, o que fosse da casa seria suprimido.
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