Publicidade
Publicidade
Operação liberta 22 trabalhadores mantidos em condição degradante em MS
Publicidade
RODRIGO VARGAS
da Agência Folha, em Campo Grande
Operação conjunta do Ministério do Trabalho, Procuradoria do Trabalho e da Polícia Federal libertou 22 trabalhadores que eram mantidos em condição degradante em duas carvoarias dos municípios de Pedro Gomes e Coxim, na região norte de Mato Grosso do Sul (250 km de Campo Grande).
De acordo com o procurador do Trabalho Cícero Rufino Pereira, os trabalhadores consumiam água de má qualidade e eram abrigados em alojamentos improvisados e sem higiene. Não havia equipamentos de proteção individual e apenas quatro deles tinham registro em carteira de trabalho --e, mesmo assim, as anotações estavam irregulares.
"Além de diversas fraudes trabalhistas, as condições de trabalho eram péssimas, a um ponto que acreditamos que ficou configurada a prática do trabalho degradante e análogo à escravidão", disse Pereira.
A fiscalização flagrou ainda a prática conhecida como servidão por dívida. Nove trabalhadores de Bom Despacho (MG), segundo a promotoria, trabalhavam para pagar débitos contraídos com o intermediário --chamado de "gato"-- durante a viagem. "Eles tinham de ressarcir gastos com as passagens da ida e a compras de alimentos. Ficavam presos, ainda que sem amarras visíveis", contou.
As duas carvoarias foram embargadas e tiveram de pagar um total de R$ 45 mil em indenizações trabalhistas. Em um termo de ajustamento de conduta assinado com os proprietários dos empreendimentos, ficou acertado também o pagamento de R$ 30 mil em danos morais coletivos e indenização de R$ 300 para cada trabalhador custear a volta para casa.
Leia mais
- Ação conjunta liberta 8 em fazenda de Mato Grosso
- "Heróis" de Lula viram alvo prioritário de fiscalização contra trabalho escravo
- Cidades líderes em desmatamento são também as mais violentas
- Pesquisa revela que trabalho escravo no Brasil é maior nas usinas de álcool
- Ministério encontra 270 trabalhadores irregulares em canavial mineiro
- Ministério flagra 421 pessoas em condições degradantes
Livraria
- Frederico Vasconcelos ensina como investigar empresas, governos e tribunais
- Livro mostra como se tornar advogado, escolher carreira e conseguir primeiro emprego
- Livros ajudam a escolher a profissão e a entender o mercado de trabalho
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice
Enquanto as elites não assumirem publicamente com ações, a sua história escravocrata, esses casos irão se repetir e se perpetuar.
Esperamso também que os próximos governos dêem continuidade ao processo de fiscalização.
avalie fechar
avalie fechar
No Governo anterior da elite, foi pego no Para, uma fazenda com quase 300 trabalhadores em regime pior que a escravidão do passado. Viu no que que deu? O dono da Fazenda era amigo do FHC, e pior, na hora de punir ainda descobriu que a fazenda estava em nome de outros. Estes outros eram os verdadeiros donos das terras que tinham morrido de mortes estranhas, e ali eram os posseiros. Posseiros que na hora de tirar emprestimos vultuosos são os donos, administradores e tudo mais. Quem denunciava morria. Sumiam com o dinheiro porque eles não eram donos de nada. E ainda veio o Alckimim querendo revitalizar o projeto SUDAN, que sabia de tudo mesmo assim dava didim pra eles, na ideia ficticia que ia desenvolver a |Amazonia.
Abre os olhos só porque não viamos tanta gente presa neste pais, não significa que estava certo.
A coisa corria frouxa, e agora ainda tem muitas irregularidades, e se houver participação de todos ainda podemos melhorar porque neste governo estamos encontrando apoio para ao menos reclamar por justiça.
avalie fechar