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Votação da nova CPMF no Senado deve ficar para depois das eleições, diz oposição
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
A oposição vai trabalhar para colocar em votação a nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no Senado somente no segundo semestre. Senadores do DEM e PSDB querem ganhar tempo para conquistar o apoio de parlamentares contra a criação da nova CPMF, batizada de CSS (Contribuição Social para a Saúde), além de mobilizar a opinião pública com manifestações contrárias ao tributo.
"Com o debate longo, ganhamos a opinião pública e derrubamos essa idéia odiosa do governo", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM). A estratégia da oposição será cobrar a aplicação do regimento interno da Casa, que prevê a discussão do projeto de lei complementar da emenda 29 (que amplia o repasse de recursos para a saúde e cria a CSS) em pelo menos três comissões permanentes antes de chegar ao plenário do Senado.
Como o Legislativo estará esvaziado entre julho e outubro em conseqüência do recesso parlamentar e das eleições municipais, a oposição aposta que a CSS entrará na pauta da Casa somente nos últimos meses do ano.
"Vamos exigir que o regimento seja cumprido e que o projeto passe nas três comissões permanentes antes de seguir para o plenário. Ainda não sabemos se é melhor votar agora ou depois que no diz respeito a votos, mas temos que fazer o tempo passar para conversarmos internamente", disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), no entanto, defendeu urgência da votação da nova CSS se a oposição conquistar o apoio de senadores governistas contra o tributo. Como a Câmara aprovou o projeto com apenas dois votos a mais que o mínimo previsto no regimento da Casa, Dias avalia que a "boa maré" deve ser aproveitada também no Senado.
"Se ficar provado que o panorama está favorável, com a possibilidade do PDT e outros partidos governistas votarem contra o imposto, acho que temos que pedir urgência e votar no plenário antes do recesso", afirmou.
Pressa
Ao contrário da oposição, os governistas trabalham para votar a CSS em curto prazo no plenário do Senado. O governo espera conquistar a partir de 1º de janeiro de 2009 as receitas previstas com a arrecadação da CSS, que vai incidir sobre as movimentações bancárias realizadas no país. Mas a base aliada reconhece que poderá enfrentar resistências se o assunto entrar imediatamente na pauta da Casa.
"Acho melhor encerrar o debate e não esticar a corda, acho que podemos votar nas próximas duas semanas se mobilizarmos nossa base aliada", afirmou o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO).
Para o líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), a melhor alternativa para o governo neste momento é esperar as eleições.
"Se quiser velocidade, o governo vai ter que pedir urgência para a votação do projeto. Acho que seria melhor maturar mais o assunto e evitar o risco de perder no plenário", afirmou.
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A roubalheira praticada pelos políticos acampados no Congresso Nacional e por esse Brasil afora, nos enche de vergonha e de arrependimento por tê-los eleitos.
O governo emprestou dinheiro para o FMI, para a Bolívia, nos assalta com impostos criminosos embutidos nas mercadorias e ainda querem nos esfolar vivos com a maldita parente da CPMF.
Vão cobrar os sonegadores do IR e do INSS, reduzam as verbas destinadas a manter os nababos do Congresso e combatam a corrupção desenfreada que vai sobrar muito dinheiro, não só para a saúde como para todas as obras sociais que se fazem necessárias.
Até parece que existe uma curriola política, cujo papel é criar meios para extorquir a população brasileira.
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