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Coronel envolvido no caso BNDES liga operação da PF à perseguição política
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THIAGO FARIA
da Folha Online
O coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior apresentou à Justiça nesta terça-feira um documento que denuncia uma possível perseguição política ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, ocorrida em 2007. Segundo Consani, a Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que investiga supostos desvios de parte de empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estaria relacionada a essa perseguição.
Consani, que é réu na ação apresentada pelo Ministério Público Federal, foi ouvido hoje por cerca de duas horas e meia pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal.
Durante seu interrogatório, o coronel explicou o motivo pelo qual avisou Paulinho a respeito da operação um dia antes dela ser deflagrada, em abril deste ano. A ligação do coronel ao deputado foi interceptada pela PF.
Sem afirmar diretamente quem estaria perseguindo o deputado, Consani justificou o aviso com os fatos apresentados no documento. "Tive a oportunidade de apresentar este documento e justificar que quando fiquei sabendo da operação, a primeira ilação que fiz foi que essa operação tinha haver com todos aqueles acontecimentos que nós já havíamos denunciado", afirmou o coronel.
O documento, protocolado em outubro de 2007 no Ministério Público Federal em nome de Paulinho, apresenta uma série de fatos que induzem a uma perseguição ao deputado, como uma invasão a sede do PDT em São Paulo e movimentação estranha próxima da casa do deputado. No documento ainda consta que Paulinho "se vê ameaçado, preocupado e temeroso" e pede que os fatos sejam investigados pela Justiça.
"O deputado já foi vítima dessa perseguição na época em que foi da chapa do Ciro Gomes (PSB-CE), na campanha para presidente da república [nas eleições de 2002]", disse Consani.
Câmara
O coronel confirmou ter pedido ajuda ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues (PR), para impedir o fechamento da W.E, apontada pela PF como casa de prostituição.
Segundo Consani, ele prestava serviços de vistoria das instalações da casa por ter experiência como bombeiro. Ele disse que pediu ajuda ao vereador no intuito de prorrogar um prazo dado pela prefeitura para que a casa regularizasse itens de suas instalações.
"Como conheço o vereador, fui perguntar a ele se haveria a possibilidade que eles nos dessem a oportunidade de fazer a regularização", disse Consani, afirmando ter uma relação de amizade com Rodrigues.
O coronel deve prestar mais esclarecimentos à PF nesta amanhã.
Caso BNDES
Na tarde de hoje a Justiça também ouviu o consultor Boris Bitelman Timoner. Ele está envolvido na denúncia do Ministério Público por supostamente ter recebido valores referentes a um empréstimo feito pelo BNDES às Lojas Marisa.
Ele, que responde por formação de quadrilha e desvio na aplicação de financiamento, deixou a sede da Justiça Federal sem falar com a imprensa.
Após ouvir os réus, o juiz deve agora começar a ouvir as testemunhas de acusação e defesa dos envolvidos. No entanto, ainda não há data para que isso ocorra.
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Este senhor Paulinho da Força, que agor se ve enrolado com BNDES, e com a ONG da sua esposa, foi o mesmo sindicalista que admitiu no programa Opinião Nacional da TV Cultura, que ele havia pedido ao prizidenti Lulla, para vetar o artigo que obrigava as contas dos sindicatos e centrais serem auditadas pelo TCU e o prizidenti vetou.
E o Nobre paralamentar, afirmou que não deveria ser auditado pois era dinheiro do trabalhador e assim não governamental.
Foi quando o Almir Pazzianotto, corrigiu-o lembrando que o dinheiro advinha do IMPOSTO SINDICAL e como o próprio nome diz, IMPOSTO, quer dizer obrigatorio e assim público, passível de ser auditado.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.
SE ELE NÃO QUERIA QUE O DINHEIRO FOSSE AUDITADO, QUAL O MOTIVO QUE ELE TERIA?
SERÁ QUE HÁ A NECESSIDADE DE ESCLARECER MAIS ALGUMA COISA ?
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