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Conselho de Ética recebe cópia de inquérito contra Paulinho
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética da Câmara recebeu nesta quarta-feira cópia do inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical (PDT-SP), acusado de quebra do decoro parlamentar por suspeita de envolvimento em esquema de fraudes no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Com o inquérito em mãos, o relator do processo contra Paulinho, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), espera fundamentar os questionamentos a serem dirigidos ao parlamentar --que presta depoimento ao conselho na próxima terça-feira. "O único instrumento que dá base para fazermos alguma coisa é o inquérito da Polícia Federal. Temos que fazer os trabalhos com profundidade", afirmou.
O inquérito contra Paulinho, que corre em segredo de Justiça, será guardado em uma sala do Conselho de Ética para evitar o vazamento das informações. Os integrantes do conselho estão autorizados a analisá-lo no órgão, sem a permissão para cópias ou a retirada de trechos dos papéis.
O presidente do conselho, Sérgio Moraes (PTB-RS), disse acreditar que os parlamentares mantenham o sigilo sobre o inquérito uma vez que a própria Justiça determinou que fique em segredo para não haver prejuízo das investigações. Moraes acredita que o processo contra Paulinho estará concluído antes das eleições de outubro, embora admita que o esvaziamento da Casa pode prejudicar os trabalhos.
"Nos preocupa o recesso [do mês de julho] e o período eleitoral. Eu não acredito que a demora favoreça ou prejudique o deputado. O tempo necessário precisa ser dado. A pressa pode incorrer em injustiça, não podemos acelerar além do justo", afirmou.
Piau disse que, após ouvir Paulinho na terça-feira, vai apresentar requerimentos de convite para que as testemunhas do processo contra o deputado prestem depoimento. Segundo o relator, cerca de 15 pessoas devem ser convidadas a depor no processo contra o parlamentar --entre testemunhas de defesa e acusação, sem revelar o nome dos que serão convidados.
Defesa
Paulinho encaminhou ao conselho sua defesa, por escrito, na semana passada. O relator disse que já leu detalhadamente as mais de 200 páginas apresentadas por Paulinho, mas não se mostrou convencido com os argumentos do pedetista. "Satisfaz? Nem um pouco. A defesa precisa de muitas explicações. Uma técnica dos advogados foi descaracterizar as duas representações contra o deputado, afirmando que estão baseadas apenas em matérias jornalísticas", afirmou.
No documento em que apresentou sua defesa ao Conselho de Ética, Paulinho solicita como sua testemunha o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho. Além dele, o deputado incluiu mais três pessoas para defendê-lo do processo de cassação do mandato, entre eles João Pedro de Moura, que foi seu assessor, e o coronel reformado da Polícia Militar Wilson Consani Júnior.
O pedetista está sendo julgado pelo Conselho de Ética por quebra de decoro. O STF também abriu investigação contra ele. As denúncias contra Paulinho surgiram na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, que desarticulou em abril grupo suspeito de fraudes em concessão de empréstimos do BNDES.
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Este senhor Paulinho da Força, que agor se ve enrolado com BNDES, e com a ONG da sua esposa, foi o mesmo sindicalista que admitiu no programa Opinião Nacional da TV Cultura, que ele havia pedido ao prizidenti Lulla, para vetar o artigo que obrigava as contas dos sindicatos e centrais serem auditadas pelo TCU e o prizidenti vetou.
E o Nobre paralamentar, afirmou que não deveria ser auditado pois era dinheiro do trabalhador e assim não governamental.
Foi quando o Almir Pazzianotto, corrigiu-o lembrando que o dinheiro advinha do IMPOSTO SINDICAL e como o próprio nome diz, IMPOSTO, quer dizer obrigatorio e assim público, passível de ser auditado.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR.
SE ELE NÃO QUERIA QUE O DINHEIRO FOSSE AUDITADO, QUAL O MOTIVO QUE ELE TERIA?
SERÁ QUE HÁ A NECESSIDADE DE ESCLARECER MAIS ALGUMA COISA ?
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