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Candidatos contestam normas para fazer campanha em áreas ocupadas pelas Forças Armadas
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ANDRÉ ZAHAR
colaboração para a Folha Online, no Rio
A chegada das tropas federais nesta quinta-feira, para reforçar a segurança durante as eleições, dividiu os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro. Durante debate no Sindicato dos Jornalistas, Chico Alencar (PSOL) e Fernando Gabeira (PV) consideraram a Operação Guanabara "um avanço". Alessandro Molon (PT) e Paulo Ramos (PDT) criticaram a medida. Eduardo Paes (PMDB) e Solange Amaral (DEM) não compareceram e Jandira Feghali (PC do B) mandou o vice, Ricardo Maranhão.
Mesmo os candidatos que apoiaram a ação dos soldados e fuzileiros navais em comunidades controladas por traficantes e milicianos fizeram ressalvas às normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral para a campanha nestas regiões.
A exigência de confirmar antecipadamente a presença nas áreas ocupadas pelos militares e o horário estabelecido para a campanha eleitoral --de 12h às 18h-- foram considerados complicadores adicionais para as equipes e militantes.
"Não entendo a razão dessa necessidade de se informar a presença do candidato. É mais um problema para a organização. Considero que atrapalha e dificulta a campanha eleitoral", disse Molon.
Alencar criticou o "toque de recolher eleitoral". "Querem que os candidatos avisem na véspera e façam campanha entre meio-dia e seis da tarde. Isto é muito esquisito. A gente quer ter liberdade de conversar com o eleitor sem ter que pedir licença a ninguém, inclusive ao Exército", disse.
Gabeira reclamou da preocupação do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em evitar que candidatos se encontrem durante o corpo-a-corpo. "Nós nos encontramos várias vezes, nos abraçamos... Nunca houve nenhum incidente. Por que regulamentar isso?", questionou.
Operação Guanabara
A respeito das operações militares, Alencar disse considerar um "pequeno avanço", mas espera que os candidatos beneficiados pelos currais eleitorais do crime organizado também sejam punidos. "Tem que verificar quem está praticando crime eleitoral, para que candidaturas que têm essa forma criminosa de se impor sejam cassadas, senão não vai adiantar nada."
Gabeira avalia que "a vinda das tropas é um avanço na proteção à população", mas é cético em relação à eficácia eleitoral da Operação Guanabara. O candidato do PV também considera que uma campanha nestas circunstâncias possa aproximar os candidatos da população.
"Há uma tranqüilidade a respeito da segurança física e uma tranqüilidade a respeito do crescimento eleitoral. Sobre o crescimento eleitoral temos que consultar as pessoas, para ver como interpretam."
Molon criticou o uso das Forças Armadas na segurança pública e o caráter itinerante da ação, em que contingentes de 500 a 900 militares vão se revezar em 27 favelas do Rio.
"Os eleitores podem se manifestar durante três dias, depois as Forças Armadas saem, e eles fazem o que? Não vão se sentir seguros. É um equívoco aproveitar as Forças Armadas para esta finalidade e, se aproveitando, não deveria ser neste modelo itinerante", disse.
Para Ramos, a Operação Guanabara é uma "orquestração para justificar a política de segurança pública genocida e fascista do governador Sérgio Cabral e acentuar a criminalização das comunidades carentes".
"[A operação] ainda atesta a falência da autoridade moral do próprio governador e prejudica o município do Rio de Janeiro, especialmente o turismo. Se o Rio vive essa situação quem vai querer vir para cá?", disse.
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