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19/11/2008 - 20h40

Delegado confirma ter recebido dados sobre localização de antenas da Nextel

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em depoimento secreto à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, o delegado Amaro Vieira Ferreira, que investiga o vazamento de informações da Operação Satiagraha, confirmou que recebeu da Nextel a localização das antenas da operadora na noite em que a operação foi deflagrada, em São Paulo.

Segundo relatos de deputados que participaram da sessão secreta, Amaro negou que tenha solicitado e obtido junto à Nextel os números ou códigos dos aparelhos que estavam em uso nas imediações da operação.

"Ele recebeu apenas os dados relativos à localização das antenas. Ele desejava saber quais as antenas estavam em funcionamento naquelas localidades. No ofício encaminhado à Nextel, não há solicitação de números telefônicos ou códigos, só das antenas", afirmou o presidente da CPI das Escutas, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ).

O procurador da República Roberto Dassie Diana, que também depôs hoje à CPI, levantou dúvidas sobre a afirmação de Ferreira ao afirmar que os dados sobre a localização de antenas de operadoras são públicos, disponíveis no site da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) --sem a necessidade do delegado solicitá-las formalmente à Nextel.

Amaro é acusado de ter obtido, sem autorização judicial, a quebra do sigilo dos números telefônicos de jornalistas da TV Globo utilizados na noite em que Satiagraha foi deflagrada. O delegado nega as acusações e disse aos parlamentares, na sessão secreta, que na apenas segunda etapa das investigações pretende solicitar os números telefônicos utilizados na operação --com base na localização das antenas.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que Ferreira detectou que, nos quatro endereços onde houve prisões de suspeitos identificados na operação, havia equipes da TV Globo. Protógenes acabou afastado da Satiagraha sob a acusação de vazamento de informações depois que equipes da emissora flagraram prisões na operação.

O delegado também revelou que investiga os 52 aparelhos da Nextel utilizados pelos agentes da PF na Satiagraha. Ferreira quer esclarecer se agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teriam utilizado os rádios da PF, o que indicaria a participação de agentes do órgão na operação.

Ferreira também solicitou ao Detran (Departamento Nacional de Trânsito) o histórico das multas aplicadas no dia da Operação Satiagraha para constatar se viaturas da Abin ou de outros órgãos públicos foram utilizadas nas investigações.

Reportagem publicada pela Folha revelou que, na investigação aberta para apurar o vazamento de informação da Satiagraha, a Polícia Federal conseguiu, sem autorização judicial, a quebra do sigilo telefônico de dezenas de aparelhos da Nextel utilizados na madrugada em que a operação foi deflagrada. O objetivo foi identificar os aparelhos usados por jornalistas da TV Globo.

Segundo a Folha apurou, a PF queria descobrir se o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, ou algum dos seus subordinados avisou aos repórteres sobre a operação.

Comentários dos leitores
Bira Monteiro (23) 29/01/2010 17h31
Bira Monteiro (23) 29/01/2010 17h31
JUSTIÇA BRASILEIRA:
Imagine aquela estatual que representa a justiça como ela realmente deveria sr. A balança que ela segura estaria pendendo para o lado em que a bandeja estaria cheia de ouro e a venda nos olhos é transparente. Esta é a justiça brasileira. Besta de quem acha que dinheiro não compra qualquer coisa.
1 opinião
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Rubens Gigante (1) 29/01/2010 17h25
Rubens Gigante (1) 29/01/2010 17h25
Erro de Protógenes: Mexer com banqueiro. sem opinião
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Ruben Rodrigues (4) 29/01/2010 16h04
Ruben Rodrigues (4) 29/01/2010 16h04
Rui, o Itamar e o Sarney NÃO foram eleitos pelo voto popular........ assumiram o posto por acidente. 1 opinião
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