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03/12/2008 - 20h04

Agente diz à CPI que 75 homens da Abin participaram da Operação Satiagraha

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em depoimento sigiloso à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara, o agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) José Ribamar Reis Guimarães afirmou nesta quarta-feira que coordenou os trabalhos de 75 homens da agência na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Segundo relatos de integrantes da comissão, o agente disse que recebeu ordens de José Milton Campana, diretor-adjunto afastado da Abin, para orientar a atuação dos agentes na colaboração prestada pela agência na Satiagraha.

Guimarães disse que 56 homens da Abin trabalharam em "tempo integral" durante a operação da PF.

O relato de Guimarães rebate as versões apresentadas por Paulo Lacerda, diretor-geral afastado da Abin, de que a participação de agentes do órgão na Polícia Federal foi apenas "informal".

O agente disse à CPI que Lacerda tinha conhecimento da participação de agentes da Abin na operação. Segundo Guimarães, a PF solicitou homens da Abin lotados em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador para as investigações da Satiagraha --mas apenas as superintendências do Rio e São Paulo liberaram os agentes.

O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), afirmou estar convicto de que Lacerda "faltou com a verdade" durante o seu depoimento à comissão.

Com base no depoimento de Guimarães, Itagiba disse que os agentes teriam sido cedidos para trabalhar diretamente com o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Satiagraha --sem a necessidade de prestarem contas dos trabalhos aos seus superiores diretos na Abin.

Choro

Guimarães chegou às lágrimas durante o depoimento ao comentar os desdobramentos da operação na Abin, que resultaram no afastamento do comando-geral do órgão.

Segundo os deputados Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Vanderlei Macris (PSDB-SP), o agente disse que a operação foi "totalmente atípica", sem planejamento prévio. Por este motivo, Guimarães disse à CPI que não teria aceitado participar das investigações se soubesse que seria uma operação longa, em torno de 60 dias.

Segundo o agente, a Abin gastou recursos da ordem de R$ 42 mil de uma "verba secreta" da agência para o pagamento de alimentação e outras despesas dos agentes --além de R$ 337 mil em diárias e passagens. A "verba secreta" é destinada, pela agência, para gastos extraordinários que surgem em meio às operações.

O depoimento ocorreu na sede da agência, a portas fechadas, para preservar a imagem de Guimarães.

Comentários dos leitores
Mael Nogueira (49) 07/08/2009 12h00
Mael Nogueira (49) 07/08/2009 12h00
Sobre a matéria:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u606408.shtml
Está na hora da OEA intervir no SENADO e enviar observadores internacionais, caso contrário, o SENADO brasileiro entrará numa crise sem precedentes e isso poderá desestabilizar a democracia no país e a OEA deve obrigar a colocar os Senadores para trabalhar e votar os projetos encalhados e acabar de vez com a ganância pelo poder e cuidar dos seus proprios interesses e de seus partidos políticos.
O SENADO está sendo uma vergonha para o Brasil, parem com esta guerra e coloque a pauta de votação em dia!!!
sem opinião
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Monica Rego (221) 01/07/2009 20h00
Monica Rego (221) 01/07/2009 20h00
Demo tucano e a mídia conservadora tudo a ver!!! 2 opiniões
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Rui Vendramin (1) 01/07/2009 14h25
Rui Vendramin (1) 01/07/2009 14h25
E agora? Será que aquela "revista" semanal, o Senador e o Ministro que afirmaram à Nação que houve diálogo, destes últimos, grampeado, serão chamados a explicar - e comprovar - o que de fato ocorreu? ou aquela "notícia" foi divulgada supostamente apenas para desmoralizar a investigação da PF sobre o Banqueiro condenado? 3 opiniões
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