Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/12/2008 - 21h20

Yeda recua de entativa de prorrogar sem licitação contratos de pedágios

Publicidade

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

Após pressão do governo federal, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), recuou e vai abortar a tentativa de prorrogar sem licitação os atuais contratos de pedágios das rodovias gaúchas. Para o governo do Estado, a resistência da União ao projeto é política, e não técnica

A tucana pedirá à Assembléia Legislativa que devolva ao Executivo o projeto de lei que deveria ser votado na próxima terça-feira e que previa a ampliação da vigência dos atuais contratos --que só vencem em 2013-- para até 2028.

O recuo de Yeda foi provocado pelo Ministério dos Transportes, que enviou parecer com ressalvas à proposta. A manifestação do ministério inviabilizou a proposta porque a União é dona de 940 km dos 1.800 km de rodovias que são explorados pelas concessionárias no Rio Grande do Sul.

As BRs são gerenciadas pelo Estado e estão sob responsabilidade da iniciativa privada desde 1998, quando os atuais contratos entraram em vigor.

O memorando assinado pelo secretário nacional de Política de Transportes, Marcelo Perrupato e Silva, aponta a prorrogação sem licitação como "vulnerabilidade" e afirma que a prática de tarifas elevadas decorre de um "modelo incompatível" com a política federal.

"É um documento de aspecto técnico muito frágil e tem um foco político cujo objetivo a gente não sabe bem qual é, e é por isso que a governadora solicitou audiência com o presidente da República", disse hoje o secretário estadual de Infra-Estrutura, Daniel Andrade.

Em 2007, os motoristas pagaram R$ 263 milhões nas praças de pedágio do RS. Em troca de mais 15 anos de concessão sem licitação, as empresas ofereceram ao governo R$ 1,1 bilhão em obras nas rodovias.

Andrade afirma que a retirada do projeto vai agravar o "apagão logístico" que vive o Estado. Segundo ele, a retirada da proposta provocará contingenciamento do orçamento para a área de rodovias porque o Estado terá que realocar recursos para trechos considerados críticas hoje administrados pelas concessionárias.

Deputados da oposição e até da base de Yeda, que são contrários à prorrogação, elogiaram a posição do ministério. "Enquanto há dúvida jurídica, a Assembléia não pode nem apreciar a proposta", afirmou Alberto Oliveira (PMDB), um dos governistas se declaram contra o projeto.

A reportagem tentou ouvir o secretário nacional de Política de Transportes, mas a assessoria informou que ele não se manifestaria sobre o assunto.

Comentários dos leitores
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Sr. Marcos Moura (6) como gaúcho posso afirmar que Yeda não paga diretamente a RBS para defender seu governo. Mas indiretamente, com certeza. A posição do grupo RBS diante dos escandalos da governadora do PSDB foi criminosa. Houve uma série de omissões e a aquela velha reportagem investigativa, cuja resportagens começavam com "Segundo investigação do Equipe de Reportagem", tão comum no governo Olívio, simplesmente desapareceram neste governo. sem opinião
avalie fechar
Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Utilizando palavras do sr. Cesar sobre vigarice cabe lermbrar que : Talvez a vigarice politica queira impedir a população de relembrar todo o caos por ela vivenciado e herdado pelo presidente Lula após a passagem do PSDB que tinha sim Jose Serra como ministro planejamento e depois da saude, ou isso é invenção de eleitor petista. O PSDB quando no poder promoveu Elevação da taxa de tributação dos juros da dívida pública em quase 100%, ao taxar a partir de 1995 os juros nominais e não mais o juro real. Por isto, a carga tributária aumentou e o crescimento das empresas ficou aquém do potencial esperado. sem opinião
avalie fechar
Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Tenho a convicção que se fosse para o governo pagar para as tv's privada colocar sua programção o governo gaucho pagaria com certeza pq é da ir que tem os banner da campanha de IEDA 3 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (1026)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página