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26/06/2009 - 19h31

Ex-diretor Agaciel Maia tinha sala secreta no Senado

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Uma sala secreta localizada no andar abaixo da diretoria-geral do Senado mostra o poder de força que o ex-diretor da Casa Agaciel Maia reuniu nos 14 anos em que ficou no comando administrativo da instituição. A sala foi ocupada por Agaciel no período em que esteve no cargo, mas até hoje está disponível para o uso da diretoria-geral.

A sala é uma espécie de escritório interligado ao gabinete do diretor-geral. Por trás de uma porta dentro do gabinete encontra-se uma escada que dá acesso à sala-secreta --situada exatamente abaixo da diretoria-geral. O local passou por reformas nos últimos meses, por isso não tem os móveis e objetos encontrados na gestão Agaciel.

Na época, segundo funcionários da diretoria-geral, a sala tinha sofás, televisão, mesas e cadeiras supostamente utilizadas pelo ex-diretor. Nenhum servidor soube informar as razões que levaram o então diretor a autorizar a construção da sala secreta, mas especula-se na Casa que Agaciel usava o local para realizar reuniões sigilosas no período em que estava no trabalho.

Procurado pela reportagem da Folha Online, Agaciel não foi encontrado para comentar a sala secreta. O ex-diretor é responsável por assinar grande parte dos 663 atos secretos editados pelo Senado nos últimos 14 anos.

Reportagem da Folha mostrou que o ex-diretor usou atos secretos para elevar seu salário para um patamar acima do teto de servidores públicos. De acordo com informações prestadas à Receita Federal pelo Senado, ele recebeu R$ 415 mil em 2006.

Agaciel também foi acusado por João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, de operar um esquema de desvio de recursos da instituição por meio de empréstimos de crédito consignado. O ex-diretor-geral do Senado foi afastado do cargo depois que a Folha revelou que ele é proprietário de uma mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, declarada em nome do seu irmão para supostamente evitar que listasse na sua declaração de renda.

Agaciel pediu nesta quinta-feira uma licença de 90 dias para a instituição, uma vez que é alvo de uma série de comissões de sindicância na Casa para apurar seu envolvimento nas irregularidades.

O ex-diretor afirma que tem sido vítima de acusações 'absurdas e descabidas' e solicitou ainda uma perícia em todos os atos secretos que teriam sido identificados pela comissão instalada pela primeira secretaria da Casa.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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