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27/07/2009 - 11h00

Sarney faltou a 17 das 60 sessões plenárias no 1º semestre, aponta pesquisa

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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A estratégia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de evitar o plenário nos últimos meses para não enfrentar cobranças para que se afaste do cargo rendeu ao peemedebista a liderança no ranking dos mais faltosos da Casa. Segundo levantamento do site Congresso em Foco, Sarney foi o senador que mais faltou às sessões no primeiro semestre. Ao todo, não compareceu em 17 das 60 sessões.

Na sequência, aparece o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), um dos principais defensores do presidente do Senado, com 12 faltas, sem pedido de licença. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), ocupa a terceira colocação porque registrou nove ausências e não apresentou justificativa.

Na outra ponta, aparece o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que compareceu a todas as sessões. A segunda colocação foi disputada entre os senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Eliseu Resende (DEM-MG) e Marco Maciel (DEM-PE). Os três compareceram ao plenário 59 vezes e quando não o fizeram foi para participar de missão política, com a licença devidamente registrada nos canais oficiais da Casa.

De acordo com o estudo, os 81 senadores somaram 185 faltas sem justificativa, o que equivale a 4,5% do total de presenças registradas em plenário. As ausências diminuíram em relação a 2007, quando o percentual de faltas era de 16%. Já os pedidos de licença chegaram a 598 no primeiro semestre deste ano, número muito maior do que o registrado em relação ao primeiro levantamento.

A assessoria do presidente do Senado afirmou à Folha Online que ele é um dos parlamentares mais presentes na Casa, comparecendo de segunda-feira a sexta-feira. Segundo os assessores, a ausência em plenário é motivada pela extensa agenda de trabalho, inclusive, representando o Legislativo em cerimônias.

Na última sessão da Casa no primeiro semestre, Sarney fez um discurso para tentar minimizar os efeitos da crise na Casa Legislativa. Ele disse ser perseguido pela imprensa, mas garantiu que reerguerá a imagem do Senado.

Sarney se defendeu afirmando que jamais praticou um ato que não fosse amparado em sua conduta ética. "Meu trabalho exige a sedimentação de uma profunda consciência moral de minhas responsabilidades, a obstinada decisão de não cometer erros e jamais aceitar qualquer arranhão nos procedimentos éticos que devem nortear minha conduta. Não são palavras. São 50 anos de assim proceder."

Ele ainda citou palavras do filósofo Lucius Aneu Sêneca: "As grandes injustiças só podem ser combatidas com três coisas: silêncio, paciência e tempo".

O discurso de Sarney foi acompanhado por apenas cinco parlamentares. Sarney não enfrentou grandes constrangimentos.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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