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22/05/2004
-
06h13
da Folha de S.Paulo
O detalhamento da pesquisa Datafolha sugere algumas das razões para a queda na popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na cidade de São Paulo.
Considerando as faixas etárias, percebe-se que as taxas de ruim/ péssimo crescem regularmente de acordo com a idade, atingindo o pico entre as pessoas com 41 anos ou mais (37% de reprovação ao governo). Para esse resultado contribuiu não apenas o elevado índice de desemprego na região metropolitana de São Paulo (20,7% em abril, segundo pesquisa Seade/Dieese), mas também a divulgação de iniciativas que prejudicariam os aposentados --como a desvinculação do reajuste dos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) do aumento do salário mínimo, proposta defendida pelo presidente durante reunião com presidentes de partidos que apóiam o governo, em 6 de maio.
A taxa de reprovação ao governo federal também cresce sistematicamente de acordo com o aumento da renda. Neste aspecto, pesa muito a recusa do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) de corrigir a tabela do Imposto de Renda neste ano, anunciada um dia antes da realização da pesquisa. Mas o eleitorado de renda mais elevada também se mostra bastante sensível aos escândalos (Waldomiro Diniz, por exemplo), à paralisia da máquina governamental e crises na base aliada no Legislativo (como a derrubada da MP dos Bingos pelo Senado).
A preferência partidária também influi na avaliação do governo Lula, mas apresenta aspectos surpreendentes. Entre os petistas, apenas 6% consideram a administração federal ruim ou péssima, contra 39% dos simpatizantes do PSDB. Mas a maior taxa de reprovação ao governo está nos simpatizantes do PMDB, partido que apóia o Planalto: 46% dos peemedebistas reprovam Lula.
Correlação semelhante pode ser notada entre os que avaliam a gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo: 49% dos que reprovam a gestão de Marta também condenam o governo Lula.
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O detalhamento da pesquisa Datafolha sugere algumas das razões para a queda na popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na cidade de São Paulo.
Considerando as faixas etárias, percebe-se que as taxas de ruim/ péssimo crescem regularmente de acordo com a idade, atingindo o pico entre as pessoas com 41 anos ou mais (37% de reprovação ao governo). Para esse resultado contribuiu não apenas o elevado índice de desemprego na região metropolitana de São Paulo (20,7% em abril, segundo pesquisa Seade/Dieese), mas também a divulgação de iniciativas que prejudicariam os aposentados --como a desvinculação do reajuste dos benefícios pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) do aumento do salário mínimo, proposta defendida pelo presidente durante reunião com presidentes de partidos que apóiam o governo, em 6 de maio.
A taxa de reprovação ao governo federal também cresce sistematicamente de acordo com o aumento da renda. Neste aspecto, pesa muito a recusa do ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) de corrigir a tabela do Imposto de Renda neste ano, anunciada um dia antes da realização da pesquisa. Mas o eleitorado de renda mais elevada também se mostra bastante sensível aos escândalos (Waldomiro Diniz, por exemplo), à paralisia da máquina governamental e crises na base aliada no Legislativo (como a derrubada da MP dos Bingos pelo Senado).
A preferência partidária também influi na avaliação do governo Lula, mas apresenta aspectos surpreendentes. Entre os petistas, apenas 6% consideram a administração federal ruim ou péssima, contra 39% dos simpatizantes do PSDB. Mas a maior taxa de reprovação ao governo está nos simpatizantes do PMDB, partido que apóia o Planalto: 46% dos peemedebistas reprovam Lula.
Correlação semelhante pode ser notada entre os que avaliam a gestão de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo: 49% dos que reprovam a gestão de Marta também condenam o governo Lula.
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