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20/08/2009 - 14h52

Renúncia de Mercadante à liderança do PT deve ficar para amanhã

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) decidiu adiar o discurso que faria no plenário do Senado nesta quinta-feira para anunciar a sua saída da liderança do PT na Casa porque, antes, vai conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a sua decisão. Segundo assessores de Mercadante, o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) telefonou para o petista transmitindo o recado do presidente.

Lula decidiu intervir na decisão de Mercadante antes de o petista formalizar a sua saída da liderança. A conversa deve ocorrer entre hoje e amanhã, uma vez que Lula passa esta quinta-feira no Rio Grande do Norte. O retorno do presidente a Brasília está previsto para as 18h30.

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O senador disse, por meio de assessores, que vai esperar ouvir o que Lula tem a dizer antes de anunciar a decisão. O petista considera que deve isso ao presidente "pelos anos de militância em comum" e pelo compromisso que o líder tem com o governo federal.

Mercadante faria um discurso às 15h, no plenário do Senado, para anunciar que deixaria a liderança. O petista alegou, em conversas com senadores do PT, que não concorda com a postura da direção nacional da legenda, que orientou a bancada pelo arquivamento dos 11 processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética da Casa.

"Ele disse que acha que os rumos não estão certos. Ele pretende tomar essa atitude como militante do PT", disse o senador Flavio Arns (PT-PR).

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que o senador avaliou que, apesar dos apelos da bancada para permanecer no cargo, não se sente bem em continuar no comando do partido no Senado. "Ontem eu externei a ele junto com outros senadores para que ficasse no cargo, mas ele disse que refletiu bem e tomou a sua decisão", afirmou.

Mercadante saiu desgastado da votação do Conselho de Ética do Senado, que arquivou ontem as 11 denúncias e representações contra Sarney. O líder manteve no conselho os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Ideli Salvatti (PT-SC), que haviam manifestado indisposição de votar em favor de Sarney.

Os senadores, no entanto, seguiram determinação do presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), que orientou o voto pelo arquivamento dos processos contra Sarney.

Delcídio acusou Mercadante de não ter atendido seus apelos para substituir os petistas no conselho. O senador também ficou irritado com o fato de o líder ter deixado para o senador João Pedro (PT-AM) a leitura da nota de Berzoini com a orientação para que os petistas do conselho votassem pró-Sarney.

"Seria uma hipocrisia eu ler uma nota com a qual eu não concordo. Eu disse que não encaminharia essa posição", afirmou Mercadante. Delcídio, por sua vez, disse que Mercadante havia se comprometido anteriormente em fazer a leitura da nota --mas evitou o desgaste para não ficar com a imagem arranhada junto à opinião pública.

"Um exército forte é feito de um líder forte. Nós nos sentimos desamparados hoje", afirmou Delcídio.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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