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25/07/2004
-
03h03
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
A alegação de que o grupo Telecom Italia teria superfaturado a compra da empresa CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), usada pela Brasil Telecom para justificar a contratação dos serviços da Kroll, foi considerada improcedente pelo Ministério Público Federal. O procurador da República José Alfredo de Paula Silva arquivou a acusação, por falta de provas, em maio deste ano.
A direção da Brasil Telecom afirmou, anteontem, que contratou a investigação da Kroll para "ajudar a esclarecer o superfaturamento" na aquisição da CRT pela Telecom Italia, em 2000, e que o negócio teria lesado os acionistas minoritários.
A acusação foi publicada pela revista "Isto É Dinheiro", em julho do ano passado. Segundo a revista, o grupo Telecom Italia, que fez parte do bloco de acionistas controladores da Brasil Telecom de julho de 1998 a agosto de 2002, teria pressionado a operadora a pagar US$ 250 milhões a mais pela CRT do que o recomendado pelos consultores técnicos.
O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) pediu investigação do Ministério Público Federal. O inquérito concluiu que a denúncia é falsa.
"A documentação prova que a Brasil Telecom, que está em juízo contra seus sócios no Rio de Janeiro, contratou respeitável empresa de consultoria, do Grupo Citigroup, para avaliar a empresa e esta a avaliou entre US$ 650 milhões e US$ 850 milhões. A venda foi feita por US$ 800 milhões, dentro da avaliação da empresa contratada pela própria compradora", diz o texto do procurador.
O relatório final do inquérito administrativo, ao qual a Folha teve acesso, diz que a Brasil Telecom participou ativamente do processo de compra da CRT e que o limite de pagamento de US$ 850 milhões foi aprovado pelo conselho de administração e por assembléia dos acionistas da Brasil Telecom, com participação de representantes do Opportunity.
A compra tem servido de munição para uma intensa batalha judicial entre Opportunity, Telecom Italia e fundos de pensão. Os três grupos formaram o consórcio Solpart, que comprou o controle acionário da Brasil Telecom, em 1998, no leilão de privatização da Telebrás. A Telefônica era proprietária da CRT, mas, como comprou a Telesp, teve de se desfazer da empresa gaúcha.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A alegação de que o grupo Telecom Italia teria superfaturado a compra da empresa CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), usada pela Brasil Telecom para justificar a contratação dos serviços da Kroll, foi considerada improcedente pelo Ministério Público Federal. O procurador da República José Alfredo de Paula Silva arquivou a acusação, por falta de provas, em maio deste ano.
A direção da Brasil Telecom afirmou, anteontem, que contratou a investigação da Kroll para "ajudar a esclarecer o superfaturamento" na aquisição da CRT pela Telecom Italia, em 2000, e que o negócio teria lesado os acionistas minoritários.
A acusação foi publicada pela revista "Isto É Dinheiro", em julho do ano passado. Segundo a revista, o grupo Telecom Italia, que fez parte do bloco de acionistas controladores da Brasil Telecom de julho de 1998 a agosto de 2002, teria pressionado a operadora a pagar US$ 250 milhões a mais pela CRT do que o recomendado pelos consultores técnicos.
O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) pediu investigação do Ministério Público Federal. O inquérito concluiu que a denúncia é falsa.
"A documentação prova que a Brasil Telecom, que está em juízo contra seus sócios no Rio de Janeiro, contratou respeitável empresa de consultoria, do Grupo Citigroup, para avaliar a empresa e esta a avaliou entre US$ 650 milhões e US$ 850 milhões. A venda foi feita por US$ 800 milhões, dentro da avaliação da empresa contratada pela própria compradora", diz o texto do procurador.
O relatório final do inquérito administrativo, ao qual a Folha teve acesso, diz que a Brasil Telecom participou ativamente do processo de compra da CRT e que o limite de pagamento de US$ 850 milhões foi aprovado pelo conselho de administração e por assembléia dos acionistas da Brasil Telecom, com participação de representantes do Opportunity.
A compra tem servido de munição para uma intensa batalha judicial entre Opportunity, Telecom Italia e fundos de pensão. Os três grupos formaram o consórcio Solpart, que comprou o controle acionário da Brasil Telecom, em 1998, no leilão de privatização da Telebrás. A Telefônica era proprietária da CRT, mas, como comprou a Telesp, teve de se desfazer da empresa gaúcha.
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