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19/11/2009 - 11h34

Sarney diz que Senado irá votar ainda neste ano ingresso da Venezuela no Mercosul

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em meio à pressão dos partidos de oposição contrária à adesão da Venezuela ao Mercosul, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quinta-feira que o tema será votado pelo plenário da Casa até o final deste ano. Depois de três adiamentos consecutivos para a votação no plenário, Sarney reconheceu que o tema divide a Casa.

"É uma questão que desperta atenção e polêmica dentro da Casa, evidentemente temos que marcar um dia para que essa discussão possa ser ampla e, como diz o senador Aloizio Mercadante [PT-SP], aprofundada. Há o compromisso entre as lideranças de votarmos o problema da Venezuela nessa sessão Legislativa", afirmou Sarney.

Sarney havia previsto para ontem, depois de dois adiamentos, a votação do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Os governistas, porém, aceitaram retirar a matéria de pauta na tentativa de firmar um acordo com a oposição que permita a discussão do tema, sem a obstrução da votação.

A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado contabiliza os votos favoráveis à adesão da Venezuela, uma vez que o tema não é consenso entre a maioria dos parlamentares.

Líderes governistas admitiram que as recentes declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que os líderes militares do país devem estar preparados para a "guerra" no continente, poderiam colocar em risco a aprovação da adesão do país ao Mercosul.

Chávez fez as declarações há duas semanas, o que dificultou as negociações dos governistas para a votação do ingresso da Venezuela no Mercosul. A oposição trabalha para adiar a votação do protocolo de adesão até que haja um compromisso do governo venezuelano de que não há uma "situação de guerra" no continente.

Embora os governistas tenham dissidências contrárias à adesão do país vizinho ao bloco econômico, senadores do DEM e PSDB admitem que não terão número suficiente de parlamentares para derrubar o protocolo de adesão da Venezuela no Mercosul.

Aprovação

A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado aprovou no final de outubro o ingresso da Venezuela no Mercosul.

Apesar da pressão de senadores oposicionistas contra a adesão do país presidido por Hugo Chávez no bloco econômico, o governo tinha maioria na comissão para garantir a aprovação do voto em separado do senador Romero Jucá (PMDB-RR) --favorável ao protocolo de ingresso do país no Mercosul.

Antes de aprovar o voto de Jucá, a comissão rejeitou o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul.

A oposição critica a adesão da Venezuela no bloco por considerar que Chávez impôs um regime antidemocrático no país --o que poderia colocar em xeque a democracia na América do Sul.

No texto, Jucá não reconhece atitudes antidemocráticas no governo de Hugo Chávez ao considerar que isso é fruto de distorção da imprensa sensacionalista e de organismos internacionais.

O líder governista também argumentou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da oposição, foi quem deu início às negociações para a adesão da Venezuela ao Mercosul.

Comentários dos leitores
O agradecimento de Chávez a Lula e ao congresso pela entrada no Mercosul na realidade é um pedido de socorro. Ele está destruindo a Venezuela e precisa de tudo que puder conseguir para se salvar. Neste ponto podemos agradecer a Lula a traição a todo seu programa eleitoral, porque se cumprisse o que dizia ser suas convicções, estaríamos hoje na situação dos venezuelanos. Mas ele sabia o que fazia: seu discurso era para açambarcar o poder. Agora o plano é colocar Dilma como laranja até 2014, voltar e proclamar-se Lula Vargas. Seus radicais são controlados com concessões pró-forma, como esse plano ideado para não acontecer e cuja discussão ele irá prolongar até a eleição em que poderá concorrer. O século 20 passou, mas não passou o caudilhismo, um anacronismo só possível devido a nosso atraso econômico e político, com uma democracia nominal, mas na realidade o eterno poder discricionário de todos os mandatários do Brasil. atraso que muitos combatem, mas com poucas possibilidades de derrota a curto prazo. sem opinião
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alexandre bakunin (350) 10/01/2010 20h16
alexandre bakunin (350) 10/01/2010 20h16
Deu no jornal:
Chávez põe Exército para fiscalizar preços e ameaça confiscar lojas
~~~~~~~~~~
Sarney, Sarney, corre lá. Nessa estória de caçar boi no pasto e arregimentar fiscalas você é campeão !
Vamos vender tecnologia do congelamento de preços.
Ei, ei, sindicalistas brasilenhos, vão pra lá também para ensinar os empresarios de lá como comprar greves trabalhistas até que o congelamento termine. Nisso também somos experts.
Lembro-me das inúmeras taxas de câmbio que "inventamos". Dolar café, dólar petróleo, dolar turismo, dólar cabo, dólar papel de imprensa.
Viche.
sem opinião
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alexandre bakunin (350) 10/01/2010 11h28
alexandre bakunin (350) 10/01/2010 11h28
É, Hugo Tchavez, (o deles)...
Você siferrô. Que baita inflação, hein ?
Cadê o petróleo que tanta grana lhe trouxe ?
Cadê a fanfarronice ?
~~~~~~~~~~
Palhaço - (Herivelto Martins e Benedito Lacerda)
"Eu assisti de camarote o teu fracasso
Palhaço, palhaço
Quem gargalha demais,
Sem pensar no que faz
Quase nunca termina em paz.
No livro de registros desta vida
Numa página perdida
O seu nome há de ficar
Registram-se fracassos,
Esquecem-se os palhaços
Que o mundo continua a gargalhar"
sem opinião
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