Publicidade
Publicidade
02/12/2004
-
16h09
da Folha Online
Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a utilizar hoje um discurso para responder às críticas feitas pelo tucano à sua gestão.
Nesta quinta-feira, ao falar sobre democracia na América Latina, Lula criticou "aqueles que hoje se arvoram sabedores do que fazer, mas que, na verdade, são responsáveis por esses equívocos do passado".
Disse que "o infortúnio dos anos 90, em grande parte, não foi obra da fatalidade". Segundo ele, trata-se de um "engessamento voluntário" das instituições e do Estado, "a tal ponto que a democracia perdeu sua credibilidade como poder regulador, e a política a sua prerrogativa transformadora da sociedade".
Lula reclamava de uma "receita ortodoxa" econômica, segundo ele, "transplantada para nossos países como se fosse possível realizar, aqui, a mesma trajetória conduzida pelas facilidades existentes nos países ricos".
"O implante desse corpo estranho exigiu o abandono incondicional de todo e qualquer planejamento público, bem como o veto a idéias, estruturas e valores que pudessem mediar as forças do mercado com a ação republicana e democrática da sociedade", disse.
O presidente argumentou que à época não havia uma moeda forte que possibilitasse "negligenciar déficits na balança comercial e desequilíbrios nas contas correntes".
Lula ainda terminou seu discurso citando a paridade cambial entre o dólar e o peso argentino, de autoria do então ministro da Economia Domingo Cavallo, no governo de Carlos Menen (1990-2000).
"No tempo glorioso, em que os argentinos comemoravam que 1 peso valia 1 dólar. Vocês se lembram do tempo glorioso em que no Brasil se comemorava que 1 real valia 1 dólar. Como mentira tem perna curta, nem 1 real valia 1 dólar, nem 1 peso valia 1 dólar."
Segundo ele, "quando a economia se ajustou, todos nós sofremos com isso e perdemos muito".
Leia mais
FHC ameniza críticas a Lula e cobra combate à violência no Rio
Alckmin critica reação de petistas às declarações de FHC
Especial
Leia o que já foi publicado sobre FHC
Leia o que já foi publicado sobre o governo Lula
Leia o que já foi publicado sobre pronunciamentos do presidente Lula
Lula volta a rebater FHC e critica "infortúnio dos anos 90"
Publicidade
Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a utilizar hoje um discurso para responder às críticas feitas pelo tucano à sua gestão.
Nesta quinta-feira, ao falar sobre democracia na América Latina, Lula criticou "aqueles que hoje se arvoram sabedores do que fazer, mas que, na verdade, são responsáveis por esses equívocos do passado".
Disse que "o infortúnio dos anos 90, em grande parte, não foi obra da fatalidade". Segundo ele, trata-se de um "engessamento voluntário" das instituições e do Estado, "a tal ponto que a democracia perdeu sua credibilidade como poder regulador, e a política a sua prerrogativa transformadora da sociedade".
Lula reclamava de uma "receita ortodoxa" econômica, segundo ele, "transplantada para nossos países como se fosse possível realizar, aqui, a mesma trajetória conduzida pelas facilidades existentes nos países ricos".
"O implante desse corpo estranho exigiu o abandono incondicional de todo e qualquer planejamento público, bem como o veto a idéias, estruturas e valores que pudessem mediar as forças do mercado com a ação republicana e democrática da sociedade", disse.
O presidente argumentou que à época não havia uma moeda forte que possibilitasse "negligenciar déficits na balança comercial e desequilíbrios nas contas correntes".
Lula ainda terminou seu discurso citando a paridade cambial entre o dólar e o peso argentino, de autoria do então ministro da Economia Domingo Cavallo, no governo de Carlos Menen (1990-2000).
"No tempo glorioso, em que os argentinos comemoravam que 1 peso valia 1 dólar. Vocês se lembram do tempo glorioso em que no Brasil se comemorava que 1 real valia 1 dólar. Como mentira tem perna curta, nem 1 real valia 1 dólar, nem 1 peso valia 1 dólar."
Segundo ele, "quando a economia se ajustou, todos nós sofremos com isso e perdemos muito".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice