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Painel da Folha: Colegas avaliam que Toffoli irá livrar Azeredo em julgamento sobre mensalão
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da Folha Online
Colegas do ministro José Antonio Toffoli avaliam que, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) retomar o julgamento do valerioduto mineiro, o ministro, que havia pedido vista do processo, tende a considerar fraudulento o suposto recibo de caixa dois na campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998, informa o "Painel" da Folha, editado por Renata Lo Prete (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a coluna, como tal papel, no entender de Toffoli, seria a única materialidade da participação do tucano, o voto responsabilizaria o coordenador da campanha, mas não o então governador.
A coluna informa que, se confirmado, o voto de Toffoli deixará inconformado o PT, que adoraria ver Azeredo denunciado.
O STF vai retomar amanhã o julgamento do caso. No início de novembro, o julgamento foi suspenso com o pedido de vista de Toffoli após a polêmica aberta em torno de um recibo que comprovaria o esquema ilegal.
"[Esse recibo] Chama atenção porque é o único documento que leva a uma vinculação ao Eduardo Azeredo. E vejo que na denúncia não se deu destaque a ele. Por isso, peço vista à Corte e a vossa excelência porque me sinto na necessidade de aclarar esse tema", afirmou Toffoli na ocasião.
O ministro relator do caso, Joaquim Barbosa, tentou minimizar a polêmica. "A única coisa que tenho a dizer é que esse recibo consta nos autos, está mencionado nos autos. Não faço juízo de valor e limito-me a reproduzir o que consta nos autos. A alusão constante nos autos não quer dizer que eu já considere esse documento como autêntico. Não podia omitir algo que constava na denúncia e que me chamou atenção porque a defesa não se manifestou", disse.
Azeredo acusou o relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa, de inserir na denúncia um recibo falso de R$ 4,5 milhões para reforçar os indícios de ligação com o esquema.
"Em meio às peças de acusação, o ministro colocou um recibo de incríveis R$ 4,5 milhões. Esse recibo sequer foi mencionado na ação da Procuradoria. É um recibo falso que nunca foi assinado por mim. Ele tem um erro grosseiro de português que fez com que em janeiro de 2007 eu fizesse uma denúncia na Polícia de Minas Gerais contra um lobista. Isso me traz indignação porque não é possível que isso seja colocado como prova. Um recibo falso,que nunca assinei e com erros grosseiros", disse o senador.
Barbosa rebateu Azeredo e sustentou que consta na denúncia do Ministério Público Federal um recibo de R$ 4,5 milhões que teria sido assinado pelo tucano para honrar compromissos diversos com as agências de publicidade de Marcos Valério, que ficou conhecido como operador do mensalão.
O ministro disse que o recibo consta no processo assinado pelo ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que acusa o tucano de peculato e lavagem de dinheiro por envolvimento em suposto esquema de arrecadação ilegal de recursos durante a campanha a governador de 1998, que ficou conhecido como mensalão mineiro.
Em meio à polêmica, a sessão do STF foi suspensa. Barbosa apresentou seu voto aceitando a denúncia da Procuradoria. Ele propôs a abertura de ação penal contra Azeredo por peculato e lavagem de dinheiro.
Dez ministros ainda precisam votar dizendo se aceitam ou não a denúncia do Ministério Público que acusa Azeredo de ter cometido sete vezes crime de peculato --quando funcionário público se apropria de recursos públicos utilizando o cargo--, e seis vezes de lavagem de dinheiro.
Para que o senador seja transformado em réu, é preciso que pelo menos cinco ministros acompanhem o voto de Barbosa.
Relator do chamado mensalão mineiro, Barbosa sustentou que a lavagem de recursos públicos ocorreu por meio das empresas de publicidade de Marcos Valério: a DNA e a SMPB.
As agências de publicidade pegaram empréstimos reais e fictícios no Banco Rural e deram como garantia contratos com o governo de Minas Gerais.
Os recursos do eram repassados para as contas das campanhas de Azeredo, sendo que o dinheiro que teria sido desviado dos patrocínios de eventos esportivos fechados por estatais foram utilizados para quitar as dívidas com o Banco Rural.
As agências de publicidade contraíram junto ao banco cerca de R$ 13,9 milhões, mas pagaram apenas R$ 2 milhões após um acordo e a extinção de um processo de cobrança.
"O Banco Rural teria formalizado um acordo aceitando pagamento de valor muito inferior do que o emprestado. Parte dos empréstimos tomados junto ao Banco Rural foi liquidada de recursos públicos advindo das estatais mineiras que patrocinaram eventos esportivos", disse o ministro.
Segundo o relator, o envolvimento do senador com o esquema de lavagem ficou comprovado na denúncia do Ministério Público. "A leitura da denúncia mostra indícios de que o governador [Azeredo] assinou ofício ordenando transferência de recursos para SMPB a titulo de patrocínio. [..] Transferiram o dinheiro público para as contas da campanha e ocultaram a origem aparentemente criminosa desses recursos", disse.
Segundo a denúncia, foram desviados R$ 3,5 milhões --por meio de contratos de publicidade firmados com empresas como a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais) pela SMPB, agência de Marcos Valério (apontado como o operador dos dois mensalões), para financiar a campanha de Azeredo.
O esquema envolveu patrocínio de três eventos esportivos, entre eles o Enduro Internacional da Independência, que recebeu R$ 1,5 milhão da Copasa e mais R$ 1,5 milhão da Comig. Dos R$ 3 milhões, apenas R$ 98 mil foram realmente aplicados no patrocínio, o restante foi parar nas contas das empresas de publicidade de Marcos Valério e na campanha de Azeredo.
O Ministério Público denunciou outras 14 pessoas, entre elas o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o próprio Marcos Valério. A pedido deste último, Barbosa decidiu em maio deste ano desmembrar o inquérito. Os demais acusados são processados na primeira instância.
Leia a coluna completa na Folha desta quarta-feira, que já está nas bancas.
Leia mais sobre o mensalão
- STF suspende julgamento de Azeredo após polêmica sobre veracidade de prova
- Barbosa desmente Azeredo e diz que recibo já constava de denúncia da Procuradoria
- Azeredo acusa relator de incluir prova falsa em processo sobre mensalão tucano
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Eu vejo os desesperados PeTófilos quererem associar tudo de ruim ao nome de Serra, das chuvas (o dobro da média para o período) às mortes pelas chuvas (muito menos do que no Rio de Janeiro - Angra dos Reis e Ilha grande, cidades e estado governados pelo PMDB, aliados do PT), à enchente no Jardim Pantanal, instalado lá há quase 40 anos, ou seja passou por Abreu Sodré, Maluf, Pitta, Jânio, Erundina, Marta, Serra e Kassab (não nesta ordem), em área de invasão, notadamente em cota mais baixa que o rio Tietê. Agora a culpa é do Serra...
Daqui mais um pouco vamos ler comentários afirmando que o terremoto no Haiti foi culpa do Serra...
É cômico o desespero desse pessoal.
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