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02/12/2009 - 17h18

PT aproveita caso Arruda para defender convocação de Constituinte para aprovar reforma política

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A descoberta do esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do Distrito Federal fez crescer entre membros do PT a defesa da convocação de Assembleia Constituinte para a votação de mudanças no sistema político nacional. Como os projetos da reforma estão parados no Congresso à espera de votação, parlamentares defendem a convocação de uma assembleia constituinte com a função específica de discutir a reforma política.

"Deveria haver a eleição de um grupo específico de parlamentares para votar a reforma política e, quem sabe também, a tributária. Eles teriam prazo para a conclusão dos trabalhos, num grupo eleito especificamente para isso. O PT não vai fazer essa proposta, mas isso poderia ocorrer", disse a senador Ideli Salvatti (PT-SC).

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A ideia de uma Assembleia Constituinte para discutir a reforma política surgiu em 2006, depois do escândalo do mensalão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a proposta, na época, porque considerou que o Congresso não fosse capaz de apresentar e votar uma proposta necessária à sociedade.

Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Luis Carlos Santos (PFL-SP) apresentaram propostas para a convocação da Assembleia, mas elas não foram em frente. Depois, o governo enviou a sua proposta de reforma política ao Congresso, mas novamente não houve a votação das matérias.

O ministro Tarso Genro (Justiça) defendeu hoje que o Legislativo coloque as matérias em votação para evitar que novos escândalos de corrupção ocorram no país.

"Lamento que o Congresso não tenha levado em consideração uma reforma política. Se nós tivéssemos financiamento público das campanhas e maior valorização dos partidos, 80% dos casos [de corrupção] não ocorreriam porque qualquer dinheiro estranho que entrasse na campanha seria detectado online pelo controle do tribunal eleitoral competente", disse o ministro.

Segundo Tarso, as mudanças no sistema político nacionais são as únicas capazes de reduzir a "cadeia de corrupção" entre empresários e partidos políticos. "Temos que acabar com financiamento privado das campanhas que gera achaques ao empresários e gera relação de cumplicidade perversa entre o empresário que é corruptor e aquele que eventualmente recebe recurso ilegal que é corrupto."

A oposição também se mostrou favorável à votação da reforma política, paralisada no Congresso. "O ministro [Tarso] está sendo modesto. Ouso a dizer que se o financiamento público de campanha e a lista tivessem sido aprovados, haveria uma redução de 90% dos escândalos", disse o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO).

Polêmica

Em maio deste ano, o governo enviou projetos da reforma política com o apoio de cinco partidos --além de parte expressiva do PSDB. A ideia era aprovar as propostas até outubro, já que em ano eleitoral os parlamentares afirmam que não têm força para mudar as regras em vigor. A proposta era aprovar o financiamento público de campanha e voto em lista fechada já para 2010, mas as articulações não saíram do papel.

Com autoria atribuída a PT, PMDB, DEM, PPS e PC do B, o texto em tramitação no Congresso propõe a criação de um fundo com recursos equivalentes a R$ 7 por eleitor para cobrir as despesas do primeiro turno, o que corresponderia a R$ 913.197.656 --tomando por base o eleitorado de dezembro de 2008. Para o segundo turno seriam reservados R$ 2 por eleitor --ou R$ 260,9 milhões.

O eleitora também passaria a votar numa sigla. Não mais no candidato. Os congressistas assumiriam a vaga segundo a votação obtida e a hierarquia previamente elaborada pelo partido ou pela coligação.

Comentários dos leitores
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h51
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h51
Adali, adali...
você escreveu muito e não deixou nada claro.
Infelizmente, acredito que todo petista é assim: chama quem não compactua com suas canalhices de todos os adjetivos que incorporam a si mesmos.
Um exemplo: canalhice é o presidente lula assinar um decreto daquele porte SEM LER, né???
Adali, adali... está na hora de procurar uma escola para aprender a escrever direito né?
sem opinião
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antonio guerra (56) 27/01/2010 17h48
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h48
Gostaria muito de apreciar a opinião de internautas como o senhor Paulo César Marcelino, tão favoráveis ao PT, com relação ao decreto que o senhor presidente da república assinou SEM LER, e que trazia de volta a censura, com ameaça de cassação de concessões a quem OUSASSE divergir do governo; que jogava por terra o direito À LIVRE EXPRESSÃO, Á PROPRIEDADE; que legalizava o aborto e proibia objetos de cunho religioso em lugares públicos.
As perguntas são muitas. Mas as principais são:
você acredita que o Lulla NÃO LEU?
Você confiaria num homem que assina um documento desse porte SEM LER?
Você concorda com o decreto?
Espero pelas respostas.
Obrigado.
sem opinião
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antonio guerra (56) 27/01/2010 17h39
antonio guerra (56) 27/01/2010 17h39
José Eduardo,
gostaria que me respondesse se a causa da poluição no Tietê é culpa do governo ou de uma população porca.
Não é o jeito demo-tucano de governar. Você sabe que o problema é estrutural, a cidade cresceu em ritmo acelerado e sem infra-estrutura.
Não há governo que conserte isso em pouco tempo, cara.
O Rio de Janeiro também ficou alagado. É governado pelo PMDB (leia-se partido submisso ao PT), e até mesmo o quartel central do Corpo de Bombeiros ficou alagado.
A enchente não é coisa só de São Paulo, não, como você pode conferir nos noticiários nacionais. Choveu muito mais do que o previsto para este mês.
Agora, quando o assunto é enchente em São Paulo, a culpa é do governo (leia-se PSDB). Quando um APAGÃO ocorre em nível NACIONAL, a culpa é da NATUREZA, não é mesmo?
sem opinião
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