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14/02/2005 - 19h50

Ministério Público avisou sobre ameaças contra freira

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da Folha Online

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará já havia avisado as autoridades do Estado sobre as ameaças de morte sofridas pela freira Dorothy Stang. Ela foi morta com seis tiros no sábado de manhã em uma provável emboscada em Anapu, próximo a Altamira (777 km de Belém).

Segundo o MPF, --que acompanhava desde 1999 o trabalho da missionária-- um procedimento administrativo foi aberto na Procuradoria e registrando todos os conflitos que ocorreram na região.

Entre os documentos reunidos estão vários ofícios enviados ao Secretário Especial de Defesa Social do Pará, Manoel Santino, informando das ameaças à irmã Dorothy e dos desmandos de policiais civis e militares contra os trabalhadores rurais de Anapu.

Em uma carta de próprio punho, enviada em fevereiro de 2004 a diversas autoridades, Dorothy chamava a atenção para a presença constante de pistoleiros na área, que trabalhavam para comerciantes de terra e madeireiros.

Em um dos ofícios enviados a Santino, no dia 15 de junho de 2004, o procurador da República Felício Pontes Júnior relata as ameaças e pede o envio de uma equipe de policiais para Anapu para averiguar as agressões aos trabalhadores rurais.

Ele faz um apelo pela "necessidade de uma participação ativa, efetiva e antecipada do poder público, com vistas a evitarmos novas tragédias, para que não sejam ceifadas outras vidas, em decorrência da omissão das autoridades constituídas".

Em junho de 2004 a Polícia Federal enviou agentes para Anapu para investigar as denúncias de trabalhadores rurais que estariam sendo ameaçados e agredidos no lote 55, da gleba Bacajá, loncal onde a freira foi assassinada no sábado.

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