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09/05/2005 - 21h20

Severino nega acordo com FHC para derrotar Lula

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Foz do Iguaçu

O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), negou ontem à noite e voltou a negar nesta segunda-feira que tenha fechado acordo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a fim de derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso e enfraquecer o governo petista para as eleições de 2006. "Não é verdade. Estão criando isso para provocar problemas."

Severino disse que a última vez que se encontrou com FHC foi na viagem a Roma para os funerais do papa João Paulo 2º --os dois integraram a comitiva de Lula-- e que não tem falado com o ex-presidente nem por telefone.

"Não houve encontro [na semana passada, em São Paulo]. O último foi na viagem a Roma. E realmente conversamos muito [na viagem]. Nem poderia ser diferente. Sou político, encontrei com um político e só falamos em política." A negativa foi ao desembarcar, por volta das 22h30 em Foz do Iguaçu (PR), ontem.

Severino abriu hoje, na cidade brasileira da Tríplice Fronteira a Copa 2005 (6ª Assembléia da Confederação Parlamentar das Américas), da qual participam cerca de 240 parlamentares de 30 países das três Américas. Depois foi a Maringá (PR), para o aniversário da cidade, e dali seguiria a São Paulo.

Filiação

Ao negar a articulação que contemplaria a hipótese de ele próprio mudar para o PFL, Severino foi irônico. "O que eu poderia aceitar de braços abertos é que Fernando Henrique viesse a se filiar ao PP, que está crescendo. O partido do Fernando Henrique [PSDB] está descendo (sic). Como é que eu posso sair do meu partido e ir para um partido que está perdendo deputados?", questionou.

Severino disse que não há problemas de relacionamento com o presidente, apenas divergências. "Não sou submisso ao presidente. Temos pontos de vista talvez até discordantes, mas isso não vai influenciar o relacionamento do meu partido com ele."

Segundo Severino, a vitória do secretário da Justiça do governo de São Paulo, Alexandre Moraes, na disputa na Câmara pela representação no Conselho Nacional de Justiça, na sexta, não foi uma derrota do governo, mas do ministro da Justiça (Márcio Thomaz Bastos). "Estive com o presidente Lula tomando café, por duas horas, no dia da votação. Nem ele nem o José Dirceu [chefe da Casa Civil] abordaram o assunto um só momento. O presidente não disse nem que tinha candidato."

Para Severino, a candidatura do secretário de Reforma Judiciária, Sérgio Renault, tinha o empenho apenas do ministro Thomaz Bastos. "E o ministro da Justiça não é o governo. Foi um caso isolado dele, que tinha simpatia pelo candidato [Renault], assim como eu tinha simpatia pelo que venceu."

Falta carinho

O presidente da Câmara disse que seu partido é o que mais apoio tem dado ao governo Lula e se queixou de falta de "carinho" na contrapartida. "O PP é o partido que tem dado o maior apoio ao presidente da República. Portanto, o que precisa é ele [presidente] dar maior atenção ao meu partido. Quem é que não gosta de carinho?", perguntou, sem responder se esse agrado poderia ser um ministério à sigla.

Ele também disse ser "um integrante disciplinado" de partido e vai seguir a candidatura que o PP determinar nas eleições presidenciais de 2006.

A jornalista MARI TORTATO viajou a Foz do Iguaçu a convite da organização da Copa 2005 (6ª Assembléia da Confederação Parlamentar das Américas)

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