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10/05/2005
-
16h04
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Néstor Kirchner, desmarcaram o encontro reservado que teriam hoje durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes para tratar dos problemas diplomáticos entre os dois países, agravados por declarações atribuídas ao governo argentino nas últimas semanas contra a política externa brasileira.
Ontem, Lula, Kirchner e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, reuniram-se em jantar na Granja do Torto. A conversa teria sido suficiente para equacionar as divergências diplomáticas. "Creio que [as divergências] eram muito mais centradas em versões do que em realidade", afirmou o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. "Não podemos confundir o que aparece no noticiário e sobretudo as especulações de alguns analistas com a realidade das relações entre Brasil e Argentina. Os problemas são conhecidos e todos estão sendo equacionados no seu devido tempo", acrescentou.
Garcia disse que não vê problemas que o presidente argentino vá embora. Lula também já teria deixado diversos eventos internacionais antes do término.
Ainda de acordo com Garcia, as relações entre os dois países nunca estiveram "tão boas" mesmo reconhecendo as divergências recentes.
Apesar das declarações de Garcia, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, negou, logo após o jantar, que a questão Brasil e Argentina tenha sido pauta das conversas entre os três. No encontro, eles teriam debatido temas como integração energética, econômica e social, além da situação da América do Sul e do Equador.
No início do mês, o jornal argentino "Clarín" publicou reportagem que indicava um endurecimento nas relações entre o Brasil e Argentina. Kirchner estaria cansado das medidas de proteção brasileiras, da falta de apoio ao país em questões importantes e na suposta tentativa de Lula assumir a liderança política na América do Sul.
Colaborou PATRÍCIA ZIMMERMANN
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Lula e Kirchner desmarcam encontro reservado
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da Folha Online, em Brasília
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Néstor Kirchner, desmarcaram o encontro reservado que teriam hoje durante a Cúpula América do Sul-Países Árabes para tratar dos problemas diplomáticos entre os dois países, agravados por declarações atribuídas ao governo argentino nas últimas semanas contra a política externa brasileira.
Ontem, Lula, Kirchner e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, reuniram-se em jantar na Granja do Torto. A conversa teria sido suficiente para equacionar as divergências diplomáticas. "Creio que [as divergências] eram muito mais centradas em versões do que em realidade", afirmou o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia. "Não podemos confundir o que aparece no noticiário e sobretudo as especulações de alguns analistas com a realidade das relações entre Brasil e Argentina. Os problemas são conhecidos e todos estão sendo equacionados no seu devido tempo", acrescentou.
Garcia disse que não vê problemas que o presidente argentino vá embora. Lula também já teria deixado diversos eventos internacionais antes do término.
Ainda de acordo com Garcia, as relações entre os dois países nunca estiveram "tão boas" mesmo reconhecendo as divergências recentes.
Apesar das declarações de Garcia, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, negou, logo após o jantar, que a questão Brasil e Argentina tenha sido pauta das conversas entre os três. No encontro, eles teriam debatido temas como integração energética, econômica e social, além da situação da América do Sul e do Equador.
No início do mês, o jornal argentino "Clarín" publicou reportagem que indicava um endurecimento nas relações entre o Brasil e Argentina. Kirchner estaria cansado das medidas de proteção brasileiras, da falta de apoio ao país em questões importantes e na suposta tentativa de Lula assumir a liderança política na América do Sul.
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