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10/05/2005
-
20h30
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O Centro Simon Wiesenthal, ONG judaica dedicada a combater o anti-semitismo, vê margem para interpretações favoráveis ao terrorismo nos discursos apresentados pelos participantes da Cúpula América do Sul-Países Árabes.
Representantes da ONG estão em Brasília como observadores anônimos e têm mantido contato com chefes de governos participantes para modificar o tom dos discursos oficiais na cúpula.
"Dizer que é legítimo o direito de resistir à ocupação, mesmo condenando o terrorismo, é muito ambíguo. O Hamas, quando atira uma bomba em um ônibus israelense cheio de civis, diz que não é terrorismo, mas luta legítima pela libertação. O discurso que estou ouvindo aqui é perigoso", afirmou à Folha o representante do Centro Simon Wiesenthal na América Latina, o argentino Sergio Widder, que está em Brasília desde ontem.
"Uma coisa que falta no discurso das autoridades é ao menos fazer uma menção aos países que apóiam o terrorismo."
De acordo com Widder, está ocorrendo justamente o que o centro temia --que o encontro não fosse meramente comercial, mas marcadamente político.
A ONG já havia mandado uma carta ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro expondo suas preocupações em relação à cúpula.
Consultado a respeito pela Folha, o Itamaraty respondeu que mantém relações estreitas com Israel, não havendo motivo para temer a cúpula, e que a maior prova disso é a viagem ao país que será feita pelo chanceler Celso Amorim nos próximos dias 28 e 29. O objetivo é mostrar que o Brasil tem boas relações tanto com países árabes quanto com Israel.
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Cúpula América do Sul-Países Árabes
ONG judaica vai a Brasília e diz que discurso pode justificar terror
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O Centro Simon Wiesenthal, ONG judaica dedicada a combater o anti-semitismo, vê margem para interpretações favoráveis ao terrorismo nos discursos apresentados pelos participantes da Cúpula América do Sul-Países Árabes.
Representantes da ONG estão em Brasília como observadores anônimos e têm mantido contato com chefes de governos participantes para modificar o tom dos discursos oficiais na cúpula.
"Dizer que é legítimo o direito de resistir à ocupação, mesmo condenando o terrorismo, é muito ambíguo. O Hamas, quando atira uma bomba em um ônibus israelense cheio de civis, diz que não é terrorismo, mas luta legítima pela libertação. O discurso que estou ouvindo aqui é perigoso", afirmou à Folha o representante do Centro Simon Wiesenthal na América Latina, o argentino Sergio Widder, que está em Brasília desde ontem.
"Uma coisa que falta no discurso das autoridades é ao menos fazer uma menção aos países que apóiam o terrorismo."
De acordo com Widder, está ocorrendo justamente o que o centro temia --que o encontro não fosse meramente comercial, mas marcadamente político.
A ONG já havia mandado uma carta ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro expondo suas preocupações em relação à cúpula.
Consultado a respeito pela Folha, o Itamaraty respondeu que mantém relações estreitas com Israel, não havendo motivo para temer a cúpula, e que a maior prova disso é a viagem ao país que será feita pelo chanceler Celso Amorim nos próximos dias 28 e 29. O objetivo é mostrar que o Brasil tem boas relações tanto com países árabes quanto com Israel.
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