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10/05/2005
-
20h13
da Folha Online
A Cúpula América do Sul-Países Árabes está dividida por diferentes interesses. Enquanto os países sul-americanos --sobretudo o Brasil-- buscam acordos comerciais, alguns representantes de países árabes aproveitaram o encontro para defender a Palestina ou atacar o terrorismo.
"A América Latina entra na cúpula com expectativa de maiores investimentos e maior abertura de comércio. Para os árabes, é uma oportunidade muito importante para mostrarem suas opiniões políticas a respeito dos acontecimentos no Oriente Médio", avaliou nesta terça-feira o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Na avaliação de Barbosa, os resultados do evento só poderão ser medidos a médio e longo prazo. "A reunião empresarial que acontece concomitantemente à cúpula propiciará muitos contatos úteis entre empresas do Oriente Médio e empresas daqui da região, mas não devemos esperar, de imediato, nenhuma mudança drástica nas relações comerciais nem na questão dos investimentos", acrescentou.
Críticas
Durante todo o dia, o Brasil tentou minimizar os discursos mais inflamados.
O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, por exemplo, representante da Liga Árabe na Cúpula, defendeu a necessidade de uma cooperação internacional para a promoção da paz mundial. Segundo ele, a situação vivida pelos palestinos é "uma negação de justiça" que não pode mais ser aceita.
Já o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou o "imperialismo americano". Em seu discurso, ele afirmou que os países árabes e a América do Sul possuem atualmente os dois maiores reservatórios de petróleo do mundo, o que aguça a "voracidade imperialista".
Acordo com Mercosul
Um dos resultados concretos do encontro de hoje foi a assinatura de um tratado econômico entre os países membros do Mercosul com o objetivo de atingir uma área de livre comércio com os países membros do Conselho de Cooperação do Golfo --integrado pela Arábia Saudita, Bareine, Catar, Kuait, Iêmen e Omã.
Por meio do Acordo-Quadro de Cooperação Econômica, os países envolvidos vão negociar listas de produtos de preferência tarifária para intensificar as suas relações comerciais.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, evitou fixar um prazo para o livre comércio entre os dois blocos, mas afirmou que o comércio entre o Brasil e os países árabes, hoje estimado em US$ 8 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões), podem saltar para até US$ 20 bilhões (cerca de R$ 49,3 bilhões) em dois ou três anos.
Com Agência Brasil
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A Cúpula América do Sul-Países Árabes está dividida por diferentes interesses. Enquanto os países sul-americanos --sobretudo o Brasil-- buscam acordos comerciais, alguns representantes de países árabes aproveitaram o encontro para defender a Palestina ou atacar o terrorismo.
"A América Latina entra na cúpula com expectativa de maiores investimentos e maior abertura de comércio. Para os árabes, é uma oportunidade muito importante para mostrarem suas opiniões políticas a respeito dos acontecimentos no Oriente Médio", avaliou nesta terça-feira o embaixador Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Na avaliação de Barbosa, os resultados do evento só poderão ser medidos a médio e longo prazo. "A reunião empresarial que acontece concomitantemente à cúpula propiciará muitos contatos úteis entre empresas do Oriente Médio e empresas daqui da região, mas não devemos esperar, de imediato, nenhuma mudança drástica nas relações comerciais nem na questão dos investimentos", acrescentou.
Críticas
Durante todo o dia, o Brasil tentou minimizar os discursos mais inflamados.
O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, por exemplo, representante da Liga Árabe na Cúpula, defendeu a necessidade de uma cooperação internacional para a promoção da paz mundial. Segundo ele, a situação vivida pelos palestinos é "uma negação de justiça" que não pode mais ser aceita.
Já o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou o "imperialismo americano". Em seu discurso, ele afirmou que os países árabes e a América do Sul possuem atualmente os dois maiores reservatórios de petróleo do mundo, o que aguça a "voracidade imperialista".
Acordo com Mercosul
Um dos resultados concretos do encontro de hoje foi a assinatura de um tratado econômico entre os países membros do Mercosul com o objetivo de atingir uma área de livre comércio com os países membros do Conselho de Cooperação do Golfo --integrado pela Arábia Saudita, Bareine, Catar, Kuait, Iêmen e Omã.
Por meio do Acordo-Quadro de Cooperação Econômica, os países envolvidos vão negociar listas de produtos de preferência tarifária para intensificar as suas relações comerciais.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, evitou fixar um prazo para o livre comércio entre os dois blocos, mas afirmou que o comércio entre o Brasil e os países árabes, hoje estimado em US$ 8 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões), podem saltar para até US$ 20 bilhões (cerca de R$ 49,3 bilhões) em dois ou três anos.
Com Agência Brasil
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