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08/06/2005
-
10h29
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
Quase um mês depois da primeira denúncia sobre a existência de esquemas de corrupção, o governo petista reage prometendo investigar até as "últimas conseqüências" e "cortar na carne" se for necessário.
Após resposta nesta terça-feira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às denúncias do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), de que deputados do PP e PL recebiam do tesoureiro do PT um "mensalão" de R$ 30 mil em troca de apoio nas votações de interesse do Executivo, hoje é a vez de o PT se defender.
O tesoureiro do partido, Delúbio Soares, vai se pronunciar no final da tarde, após um dia inteiro de reunião com a Executiva Nacional do PT.
O presidente Lula afirmou ontem que, se necessário, continuará demitindo funcionários envolvidos em supostos casos de corrupção. "Digo que cortaremos na própria carne se necessário", afirmou logo após comentar as demissões no IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) --o governo também demitiu diretores dos Correios.
"Independentemente do uso político-eleitoral que alguns estão fazendo, o meu governo levará as investigações até as últimas conseqüências. Para isso jurei a Constituição do Brasil. Por isso sou o principal guardião das instituições deste país. Estou plenamente consciente das minhas atribuições como primeiro mandatário e, como disse em meu discurso, como funcionário público número 1", afirmou Lula.
PT
O presidente do PT, José Genoino, descartou ontem a possibilidade de Delúbio ser afastado do partido durante as investigações. "É uma denúncia falsa, mentirosa. Nós confiamos nos dirigentes do partido."
Genoino disse também que, "diante das declarações infundadas, inverídicas e estapafúrdias", o bancada do PT na Câmara decidiu apoiar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios e indicar seus membros na comissão. "Vamos enfrentá-la, não temos nada a temer."
Questionado sobre a possibilidade de criação da CPI do "mensalão", Genoino afirmou que "este é um assunto do Congresso". "Não sou parlamentar, não sou congressista, não vou opinar em uma questão parlamentar."
Sobre as declarações de Jefferson, o presidente do PT disse que o partido "repudia, denuncia e vai tomar todas as providências necessárias para defender suas idéias". Genoino disse ainda que o PT vai trabalhar para que a Corregedoria da Câmara investigue a fundo as denúncias.
O presidente do PT afirmou que seu partido, após as denúncias de Roberto Jefferson, conversou com "todos os partidos da base de apoio ao governo Lula". "Só não tivemos contato com os partidos de oposição."
CPI dos Correios
A oposição prometeu para esta quarta a instalação da CPI mista dos Correios, criada para investigar um suposto esquema de corrupção na estatal.
Gravação revelada pela revista "Veja" mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação. O funcionário dos Correios dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson.
A sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que iria analisar ontem o recurso do deputado João Leão (PL-BA), foi adiada para hoje.
O recurso contesta a constitucionalidade da CPI.
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da Folha Online
Quase um mês depois da primeira denúncia sobre a existência de esquemas de corrupção, o governo petista reage prometendo investigar até as "últimas conseqüências" e "cortar na carne" se for necessário.
Após resposta nesta terça-feira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às denúncias do presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), de que deputados do PP e PL recebiam do tesoureiro do PT um "mensalão" de R$ 30 mil em troca de apoio nas votações de interesse do Executivo, hoje é a vez de o PT se defender.
O tesoureiro do partido, Delúbio Soares, vai se pronunciar no final da tarde, após um dia inteiro de reunião com a Executiva Nacional do PT.
O presidente Lula afirmou ontem que, se necessário, continuará demitindo funcionários envolvidos em supostos casos de corrupção. "Digo que cortaremos na própria carne se necessário", afirmou logo após comentar as demissões no IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) --o governo também demitiu diretores dos Correios.
"Independentemente do uso político-eleitoral que alguns estão fazendo, o meu governo levará as investigações até as últimas conseqüências. Para isso jurei a Constituição do Brasil. Por isso sou o principal guardião das instituições deste país. Estou plenamente consciente das minhas atribuições como primeiro mandatário e, como disse em meu discurso, como funcionário público número 1", afirmou Lula.
PT
O presidente do PT, José Genoino, descartou ontem a possibilidade de Delúbio ser afastado do partido durante as investigações. "É uma denúncia falsa, mentirosa. Nós confiamos nos dirigentes do partido."
Genoino disse também que, "diante das declarações infundadas, inverídicas e estapafúrdias", o bancada do PT na Câmara decidiu apoiar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Correios e indicar seus membros na comissão. "Vamos enfrentá-la, não temos nada a temer."
Questionado sobre a possibilidade de criação da CPI do "mensalão", Genoino afirmou que "este é um assunto do Congresso". "Não sou parlamentar, não sou congressista, não vou opinar em uma questão parlamentar."
Sobre as declarações de Jefferson, o presidente do PT disse que o partido "repudia, denuncia e vai tomar todas as providências necessárias para defender suas idéias". Genoino disse ainda que o PT vai trabalhar para que a Corregedoria da Câmara investigue a fundo as denúncias.
O presidente do PT afirmou que seu partido, após as denúncias de Roberto Jefferson, conversou com "todos os partidos da base de apoio ao governo Lula". "Só não tivemos contato com os partidos de oposição."
CPI dos Correios
A oposição prometeu para esta quarta a instalação da CPI mista dos Correios, criada para investigar um suposto esquema de corrupção na estatal.
Gravação revelada pela revista "Veja" mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação. O funcionário dos Correios dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson.
A sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, que iria analisar ontem o recurso do deputado João Leão (PL-BA), foi adiada para hoje.
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