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11/06/2005
-
17h15
RENATA LO PRETE
Editora do Painel da Folha de S.Paulo
Depois de anunciar que só voltaria a falar na sindicância da Câmara e na CPI, o deputado Roberto Jefferson decidiu romper o silêncio e, na noite de sexta-feira, revelou novos detalhes sobre o "mensalão", que denunciara em entrevista à Folha publicada na segunda.
De acordo com o presidente do PTB, os recursos para alimentar esse esquema, que consistiria no pagamento de mesadas de R$ 30 mil, pelo PT, a deputados de outros partidos da base aliada, vinham de estatais e de empresas privadas. Dinheiro que, segundo ele, chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada pelo tesoureiro petista, Delúbio Soares, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PP-PR).
Levado ao centro do noticiário pelos escândalos nos Correios e no IRB e transformado em pivô da pior crise política enfrentada por Lula a partir da denúncia do "mensalão", Jefferson nega ter gravações comprometedoras contra autoridades do governo, contrariando os rumores que tomaram conta de Brasília ao longo da semana. "Tenho a palavra e a vivência desta relação de dois anos e meio com o governo do PT."
Ao repisar o histórico do que teriam sido suas advertências contra o "mensalão", Jefferson não poupa ministros, mas procura proteger Lula, a quem nada teria sido relatado até uma conversa com o próprio deputado no início deste ano. A partir daí, volta a dizer Jefferson, a mesada teria cessado. "O corpo mole [na Câmara] é porque está faltando aquilo que o Delúbio sempre transferiu a líderes e presidentes da base."
Se poupa Lula, Jefferson faz o oposto com o ministro José Dirceu e com os demais integrantes do que ele chama de "cabeça" do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno. Narra suas reuniões com esse time para tratar da distribuição de cargos, em uma sala "reservada ao Silvio Pereira" ao lado do gabinete de Dirceu no Palácio do Planalto.
Do apartamento funcional que ocupa em Brasília, Roberto Jefferson concedeu por telefone a entrevista que segue abaixo e nas duas páginas seguintes. O deputado diz não temer por sua segurança. "Se fizerem alguma coisa comigo, cai a República."
Leia a entrevista e a reportagem completa na Folha de S.Paulo de domingo, que já está nas bancas.
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Depois de anunciar que só voltaria a falar na sindicância da Câmara e na CPI, o deputado Roberto Jefferson decidiu romper o silêncio e, na noite de sexta-feira, revelou novos detalhes sobre o "mensalão", que denunciara em entrevista à Folha publicada na segunda.
De acordo com o presidente do PTB, os recursos para alimentar esse esquema, que consistiria no pagamento de mesadas de R$ 30 mil, pelo PT, a deputados de outros partidos da base aliada, vinham de estatais e de empresas privadas. Dinheiro que, segundo ele, chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído em ação comandada pelo tesoureiro petista, Delúbio Soares, com a ajuda de "operadores" como o publicitário Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PP-PR).
Levado ao centro do noticiário pelos escândalos nos Correios e no IRB e transformado em pivô da pior crise política enfrentada por Lula a partir da denúncia do "mensalão", Jefferson nega ter gravações comprometedoras contra autoridades do governo, contrariando os rumores que tomaram conta de Brasília ao longo da semana. "Tenho a palavra e a vivência desta relação de dois anos e meio com o governo do PT."
Ao repisar o histórico do que teriam sido suas advertências contra o "mensalão", Jefferson não poupa ministros, mas procura proteger Lula, a quem nada teria sido relatado até uma conversa com o próprio deputado no início deste ano. A partir daí, volta a dizer Jefferson, a mesada teria cessado. "O corpo mole [na Câmara] é porque está faltando aquilo que o Delúbio sempre transferiu a líderes e presidentes da base."
Se poupa Lula, Jefferson faz o oposto com o ministro José Dirceu e com os demais integrantes do que ele chama de "cabeça" do PT: José Genoino, Delúbio Soares, Silvio Pereira e Marcelo Sereno. Narra suas reuniões com esse time para tratar da distribuição de cargos, em uma sala "reservada ao Silvio Pereira" ao lado do gabinete de Dirceu no Palácio do Planalto.
Do apartamento funcional que ocupa em Brasília, Roberto Jefferson concedeu por telefone a entrevista que segue abaixo e nas duas páginas seguintes. O deputado diz não temer por sua segurança. "Se fizerem alguma coisa comigo, cai a República."
Leia a entrevista e a reportagem completa na Folha de S.Paulo de domingo, que já está nas bancas.
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