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28/06/2005 - 15h19

Santos Filho diz que dinheiro dado a Marinho era propina

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Joel Santos Filho, responsável pela gravação do vídeo que mostra o esquema de corrupção nos Correios, confirmou que o pagamento de R$ 3.000 ao ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da estatal Maurício Marinho era propina.

Em seu depoimento à CPI dos Correios, Santos Filho afirmou que o dinheiro era a primeira parcela de um pagamento de R$ 15 mil e seria usado para cobrir possíveis gastos de Marinho para conseguir informações privilegiadas à empresa de Arthur Wascheck, donos da empresa Comam, que fornecia material de saúde e informática aos Correios.

Alan Marques/Folha Imagem
Depoimento de Joel Santos Filho à CPI
Depoimento de Joel Santos Filho à CPI
À CPI, Marinho disse que o dinheiro era um adiantamento do pagamento de uma consultoria que prestaria a uma empresa multinacional. "O Maurício Marinho receberia o dinheiro para eventuais despesas que teria para captar informações", afirmou Joel.

Essa é mais uma contradição entre os depoimentos de Marinho e Santos Filho. Ele disse também que o funcionário dos Correios falou espontaneamente sobre o esquema de propinas com a suposta participação do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson (RJ). Marinho tinha dito que foi pressionado e teria passado por uma lavagem cerebral.

Convocação extraordinária

O presidente da CPI mista, Delcídio Amaral (PT-MS), consultará hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a possibilidade de continuar as investigações durante o recesso parlamentar de julho.

Os integrantes da CPI temem que qualquer medida tomada durante o período possa ser contestada juridicamente, já que os regimentos do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado não são claros sobre o assunto.

Amanhã, para evitar maiores problemas, os membros da comissão devem votar todos os requerimentos que pedem quebra de sigilos dos investigados. Dentre eles estão o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o publicitário Marcos Valério, apontado como um dos operadores do esquema de mesadas a deputados do PP e PL.

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