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28/06/2005
-
18h10
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Após uma reunião tensa e tumultuada, os deputados do PMDB seguem rachados em relação ao apoio do partido ao governo Lula. A ala oposicionista já trabalha para realizar uma convenção no próximo dia 10 de julho, enquanto os governistas tentam evitar essa saída. Em jogo está a candidatura própria nas eleições de 2006.
O presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), deverá levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a notícia de que o governo não terá o apoio de todos os 85 deputados do partido --estavam presentes na reunião de hoje 61 deputados.
Temer disse que irá analisar os pedidos de convenção de uma forma que não agrave a situação do partido. Até agora, 11 diretórios já se manifestaram a favor da convenção. O número mínimo é nove. No entanto, os pedidos precisam estar de acordo com o regimento do partido.
"A convenção, talvez, só agrave essa situação", disse.
Em convenção realizada em dezembro, o partido havia decidido pela entrega dos cargos, o que não ocorreu. O PMDB tem dois ministério, o da Previdência, ocupado por Romero Jucá, e o das Comunicações, com Eunício Oliveira.
Já a possibilidade de ter mais dois ministérios --o governo quer ampliar a participação do PMDB em troca de apoio-- não é aceita por boa parte dos deputados, que querem candidatura própria para a Presidência da República no próximo ano.
"Como é que o PMDB pode ter candidato próprio com quatro ministérios?", questionou Temer.
Essa posição é defendida por Eliseu Padilha (RS). Para ele, com a participação no governo, cai por terra a tese de candidatura própria.
Caso o partido realize a convenção, não está descartado o uso de instrumentos que tenham como finalidade desligar do partido os membros que continuarem no governo.
Ainda hoje, a ala governista deve divulgar uma nota de apoio à governabilidade --o que já foi feito pelos senadores. Uma lista de assinatura circulou hoje entre os deputados da legenda. O líder do partido na Câmara, José Borba (PR), espera que a maior parte dos deputados tenha assinado a lista.
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Sem acordo, PMDB pode realizar convenção para decidir apoio a Lula
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da Folha Online, em Brasília
Após uma reunião tensa e tumultuada, os deputados do PMDB seguem rachados em relação ao apoio do partido ao governo Lula. A ala oposicionista já trabalha para realizar uma convenção no próximo dia 10 de julho, enquanto os governistas tentam evitar essa saída. Em jogo está a candidatura própria nas eleições de 2006.
O presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), deverá levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a notícia de que o governo não terá o apoio de todos os 85 deputados do partido --estavam presentes na reunião de hoje 61 deputados.
Temer disse que irá analisar os pedidos de convenção de uma forma que não agrave a situação do partido. Até agora, 11 diretórios já se manifestaram a favor da convenção. O número mínimo é nove. No entanto, os pedidos precisam estar de acordo com o regimento do partido.
"A convenção, talvez, só agrave essa situação", disse.
Em convenção realizada em dezembro, o partido havia decidido pela entrega dos cargos, o que não ocorreu. O PMDB tem dois ministério, o da Previdência, ocupado por Romero Jucá, e o das Comunicações, com Eunício Oliveira.
Já a possibilidade de ter mais dois ministérios --o governo quer ampliar a participação do PMDB em troca de apoio-- não é aceita por boa parte dos deputados, que querem candidatura própria para a Presidência da República no próximo ano.
"Como é que o PMDB pode ter candidato próprio com quatro ministérios?", questionou Temer.
Essa posição é defendida por Eliseu Padilha (RS). Para ele, com a participação no governo, cai por terra a tese de candidatura própria.
Caso o partido realize a convenção, não está descartado o uso de instrumentos que tenham como finalidade desligar do partido os membros que continuarem no governo.
Ainda hoje, a ala governista deve divulgar uma nota de apoio à governabilidade --o que já foi feito pelos senadores. Uma lista de assinatura circulou hoje entre os deputados da legenda. O líder do partido na Câmara, José Borba (PR), espera que a maior parte dos deputados tenha assinado a lista.
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