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30/06/2005
-
10h41
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios aprovou hoje o pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração e Material da estatal Maurício Marinho, flagrado recebendo R$ 3.000 de propina na gravação encomendada pelo empresário Arthur Wascheck Neto.
Os dados sigilosos da mulher do publicitário Marcos Valério, apontado como um dos "operadores" do suposto esquema de mesadas a PP e PL, Renilda Fernandes de Souza, e das empresas de publicidade por ele controladas também foram requisitados pelos integrantes da CPI mista em votação unânime. Os integrantes da comissão explicam que o publicitário poderia ter feito operações ilegais em nome da mulher, o que justificaria o pedido de quebra de sigilos.
Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério, que confirmou ter conhecimento de saques vultosos de dinheiro e distribuição de recursos em Brasília, também terá a conta bancária, as declarações de imposto de renda e a conta telefônica revistadas pelos deputados e senadores que fazem a investigação do esquema de corrupção na empresa.
O quinto requerimento aprovado hoje pela CPI pediu a quebra dos sigilos de Antônio Velasco, sócio de Wascheck na empresa Comam (Comercial Alvorada de Manufaturados), que fornecia material de saúde e informática para os Correios.
Concluída a votação dos requerimentos, todos retroativos a cinco anos, a CPI começou a ouvir os depoentes convocados para a sessão de hoje. O primeiro deles é o ex-diretor de Administração da estatal, Antônio Osório. Em seguida, os integrantes da comissão ouvirão Eduardo Medeiros, ex-diretor de Tecnologia, uma das áreas dos Correios que concentrava os contratos de maior valor.
À tarde, o presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), deverá depor e repetir as declarações que já fez à Folha de S.Paulo e ao Conselho de Ética da Câmara.
Na edição de hoje da Folha, o deputado denuncia um novo esquema de desvio de dinheiro a partir da estatal Furnas Centrais Elétricas.
Segundo Jefferson, a estatal dividia R$ 3 milhões de caixa dois entre o diretório nacional do PT, o diretório mineiro do partido e alguns parlamentares da base aliada.
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CPI quebra sigilos de Marinho, Fernanda Karina e de mulher de Valério
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da Folha Online, em Brasília
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios aprovou hoje o pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração e Material da estatal Maurício Marinho, flagrado recebendo R$ 3.000 de propina na gravação encomendada pelo empresário Arthur Wascheck Neto.
Os dados sigilosos da mulher do publicitário Marcos Valério, apontado como um dos "operadores" do suposto esquema de mesadas a PP e PL, Renilda Fernandes de Souza, e das empresas de publicidade por ele controladas também foram requisitados pelos integrantes da CPI mista em votação unânime. Os integrantes da comissão explicam que o publicitário poderia ter feito operações ilegais em nome da mulher, o que justificaria o pedido de quebra de sigilos.
Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério, que confirmou ter conhecimento de saques vultosos de dinheiro e distribuição de recursos em Brasília, também terá a conta bancária, as declarações de imposto de renda e a conta telefônica revistadas pelos deputados e senadores que fazem a investigação do esquema de corrupção na empresa.
O quinto requerimento aprovado hoje pela CPI pediu a quebra dos sigilos de Antônio Velasco, sócio de Wascheck na empresa Comam (Comercial Alvorada de Manufaturados), que fornecia material de saúde e informática para os Correios.
Concluída a votação dos requerimentos, todos retroativos a cinco anos, a CPI começou a ouvir os depoentes convocados para a sessão de hoje. O primeiro deles é o ex-diretor de Administração da estatal, Antônio Osório. Em seguida, os integrantes da comissão ouvirão Eduardo Medeiros, ex-diretor de Tecnologia, uma das áreas dos Correios que concentrava os contratos de maior valor.
À tarde, o presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), deverá depor e repetir as declarações que já fez à Folha de S.Paulo e ao Conselho de Ética da Câmara.
Na edição de hoje da Folha, o deputado denuncia um novo esquema de desvio de dinheiro a partir da estatal Furnas Centrais Elétricas.
Segundo Jefferson, a estatal dividia R$ 3 milhões de caixa dois entre o diretório nacional do PT, o diretório mineiro do partido e alguns parlamentares da base aliada.
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