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18/07/2005
-
20h35
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Os dois sócios de Marcos Valério de Souza na agência mineira SMPB Comunicação, Cristiano Paz e Ramon Cardoso, sabiam de empréstimos contraídos em bancos mineiros em nome da agência, mas alegam que não sabiam sobre o destino do dinheiro, os motivos e nem sequer quantos empréstimos foram feitos sob o nome da empresa de publicidade.
A SMPB, por meio da sua assessoria de imprensa, disse que Paz e Cardoso apenas eram informados por Valério sobre os empréstimos, que eles questionavam o sócio sobre o destino do dinheiro e a forma de pagamento e que as respostas eram sempre as mesmas: para eles não se preocuparem porque era um assunto do qual Valério daria solução e encaminhamento.
A Folha questionou a agência sobre quantos empréstimos foram feitos em nome da SMPB Comunicação e os valores. A assessoria informou que isso precisava ser pesquisado, já que os sócios sabiam apenas que foram feitos empréstimos. Disse a empresa que Paz, presidente da SMPB, se assustou quando Valério, na última sexta, revelou que contraiu "vários empréstimos bancários em nome das agências de publicidade SMPB e DNA, no período de 2003 a 2005".
Segundo Valério, os empréstimos que ele fez teriam sido para pagar dívidas de campanha contraídas pelo PT, versão sustentada pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, afastado por causa do escândalo.
Desde que estourou a crise, no mês passado, existe a preocupação dos sócios de Valério, especialmente na DNA Propaganda, em desvincular Valério das agências. A vice-presidente da DNA, Margareth Queiroz Freitas, afirmou em 13 de junho que os cheques na DNA são assinados por ele e pelo presidente da empresa, Francisco Castilho. "Ele [Valério] não assina pela empresa, não pode assinar pela empresa."
Hoje, a Folha procurou a agência para saber dos empréstimos que Valério disse ter feito em nome da empresa e se os sócios sabiam disso. A única resposta, passada pela assessoria, foi: "No momento está sendo discutida a relação societária da DNA. A empresa irá se pronunciar oportunamente sobre esse assunto".
Um dos empréstimos no valor de R$ 15,9 milhões foi feito em nome da Graffiti Participações, empresa pela qual Valério e Cardoso participam como sócios na DNA. A garantia desse empréstimo foi o contrato de publicidade da SMPB com os Correios, fato que a agência disse desconhecer.
Documentos
O Banco Rural, pelo qual SMPB e DNA fazem movimentações financeiras, informou que remeteu ontem para a CPI dos Correios 80% dos documentos sobre a movimentação bancária das duas agências. "Até amanhã [hoje], o restante da documentação segue para Brasília", disse o banco.
O Ministério Público de Minas recebeu ontem da Polícia Civil os originais das cerca de 5.000 notas fiscais e de faturas encontradas semana passada na casa de um policial, irmão de um contador de Valério. O laudo da perícia não foi divulgado. Cópias de todos as notas serão enviadas à Polícia Federal, em Brasília.
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SMPB diz que sócios desconheciam motivos dos empréstimos
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Os dois sócios de Marcos Valério de Souza na agência mineira SMPB Comunicação, Cristiano Paz e Ramon Cardoso, sabiam de empréstimos contraídos em bancos mineiros em nome da agência, mas alegam que não sabiam sobre o destino do dinheiro, os motivos e nem sequer quantos empréstimos foram feitos sob o nome da empresa de publicidade.
A SMPB, por meio da sua assessoria de imprensa, disse que Paz e Cardoso apenas eram informados por Valério sobre os empréstimos, que eles questionavam o sócio sobre o destino do dinheiro e a forma de pagamento e que as respostas eram sempre as mesmas: para eles não se preocuparem porque era um assunto do qual Valério daria solução e encaminhamento.
A Folha questionou a agência sobre quantos empréstimos foram feitos em nome da SMPB Comunicação e os valores. A assessoria informou que isso precisava ser pesquisado, já que os sócios sabiam apenas que foram feitos empréstimos. Disse a empresa que Paz, presidente da SMPB, se assustou quando Valério, na última sexta, revelou que contraiu "vários empréstimos bancários em nome das agências de publicidade SMPB e DNA, no período de 2003 a 2005".
Segundo Valério, os empréstimos que ele fez teriam sido para pagar dívidas de campanha contraídas pelo PT, versão sustentada pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, afastado por causa do escândalo.
Desde que estourou a crise, no mês passado, existe a preocupação dos sócios de Valério, especialmente na DNA Propaganda, em desvincular Valério das agências. A vice-presidente da DNA, Margareth Queiroz Freitas, afirmou em 13 de junho que os cheques na DNA são assinados por ele e pelo presidente da empresa, Francisco Castilho. "Ele [Valério] não assina pela empresa, não pode assinar pela empresa."
Hoje, a Folha procurou a agência para saber dos empréstimos que Valério disse ter feito em nome da empresa e se os sócios sabiam disso. A única resposta, passada pela assessoria, foi: "No momento está sendo discutida a relação societária da DNA. A empresa irá se pronunciar oportunamente sobre esse assunto".
Um dos empréstimos no valor de R$ 15,9 milhões foi feito em nome da Graffiti Participações, empresa pela qual Valério e Cardoso participam como sócios na DNA. A garantia desse empréstimo foi o contrato de publicidade da SMPB com os Correios, fato que a agência disse desconhecer.
Documentos
O Banco Rural, pelo qual SMPB e DNA fazem movimentações financeiras, informou que remeteu ontem para a CPI dos Correios 80% dos documentos sobre a movimentação bancária das duas agências. "Até amanhã [hoje], o restante da documentação segue para Brasília", disse o banco.
O Ministério Público de Minas recebeu ontem da Polícia Civil os originais das cerca de 5.000 notas fiscais e de faturas encontradas semana passada na casa de um policial, irmão de um contador de Valério. O laudo da perícia não foi divulgado. Cópias de todos as notas serão enviadas à Polícia Federal, em Brasília.
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