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09/08/2005
-
17h43
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Em seu depoimento nesta terça-feira na CPI do Mensalão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza tentou desqualificar publicamente o deputado Roberto Jefferson (RJ). À CPI, Valério disse que Jefferson "chantageia" e "intimida" as outras pessoas e por isso não tem credibilidade.
"O deputado Roberto Jefferson intimidava sim o senhor Emerson Palmieri [tesoureiro informal do PTB]. Eu acho que o Emerson Palmieri tem pavor do senhor Roberto Jefferson", acrescentou.
"Não quero destilar meu ódio contra o deputado Roberto Jefferson", afirmou Valério. Indagado sobre sua opinião sobre o deputado fluminense, Valério afirmou estar pensando com cuidado para não usar linguagem chula ao se referir ao deputado. "Parafraseando o presidente [Lula] eu não daria um cheque em preto para ele. Ou melhor, eu fui elegante. Eu não daria um cheque enlameado para ele [Jefferson]", disse Valério.
Valério afirmou que desde outubro de 2004 o PTB não recebeu recursos do esquema do caixa dois, isto é, dos recursos sacados de sua conta. "Acho que é por isto que o senhor Roberto Jefferson ficou nervoso", avaliou o publicitário.
Sobre o deputado José Dirceu (PT-SP), Marcos Valério também não poupou críticas e afirmou que ele era um "ministro poderoso e arrogante." Valério disse que a história mostra que ele está certo em temer depor na CPI do Mensalão, ou mesmo de se pronunciar em qualquer instância.
Valério reafirmou que nunca tratou diretamente dos empréstimos com Dirceu, mas afirmou ter convicção de que a cúpula do PT sabia da tomada de recursos.
"O senhor Delúbio Soares [ex-tesoureiro do PT] tomava as decisões, mas mantinha a cúpula do PT informada. Eu não acredito que o presidente Lula soubesse, mas tenho certeza que o Silvinho [Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT], que o Marcelo Sereno [ex-secretário de comunicação do PT] e que o José Dirceu sabia. O José Genoino eu tenho dúvidas."
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Valério diz que Jefferson "intimida" e "chantageia" pessoas
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da Folha Online, em Brasília
Em seu depoimento nesta terça-feira na CPI do Mensalão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza tentou desqualificar publicamente o deputado Roberto Jefferson (RJ). À CPI, Valério disse que Jefferson "chantageia" e "intimida" as outras pessoas e por isso não tem credibilidade.
"O deputado Roberto Jefferson intimidava sim o senhor Emerson Palmieri [tesoureiro informal do PTB]. Eu acho que o Emerson Palmieri tem pavor do senhor Roberto Jefferson", acrescentou.
"Não quero destilar meu ódio contra o deputado Roberto Jefferson", afirmou Valério. Indagado sobre sua opinião sobre o deputado fluminense, Valério afirmou estar pensando com cuidado para não usar linguagem chula ao se referir ao deputado. "Parafraseando o presidente [Lula] eu não daria um cheque em preto para ele. Ou melhor, eu fui elegante. Eu não daria um cheque enlameado para ele [Jefferson]", disse Valério.
Valério afirmou que desde outubro de 2004 o PTB não recebeu recursos do esquema do caixa dois, isto é, dos recursos sacados de sua conta. "Acho que é por isto que o senhor Roberto Jefferson ficou nervoso", avaliou o publicitário.
Sobre o deputado José Dirceu (PT-SP), Marcos Valério também não poupou críticas e afirmou que ele era um "ministro poderoso e arrogante." Valério disse que a história mostra que ele está certo em temer depor na CPI do Mensalão, ou mesmo de se pronunciar em qualquer instância.
Valério reafirmou que nunca tratou diretamente dos empréstimos com Dirceu, mas afirmou ter convicção de que a cúpula do PT sabia da tomada de recursos.
"O senhor Delúbio Soares [ex-tesoureiro do PT] tomava as decisões, mas mantinha a cúpula do PT informada. Eu não acredito que o presidente Lula soubesse, mas tenho certeza que o Silvinho [Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT], que o Marcelo Sereno [ex-secretário de comunicação do PT] e que o José Dirceu sabia. O José Genoino eu tenho dúvidas."
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