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10/08/2005
-
18h57
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Alberto Goldman (SP), pediu hoje à presidência da Casa o afastamento do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) da vice-presidência da CPI do Mensalão e a cassação do seu mandato.
Hoje, na sessão conjunta das comissões do Mensalão e dos Correios, Pimenta disse ter recebido, na madrugada desta quarta-feira, uma lista apócrifa das mãos do advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, que faz a defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza nas investigações do Congresso Nacional.
O advogado, que também defende Cristiano Paz, sócio de Valério, negou que tenha entregue o documento ao deputado. Diante da negativa, Pimenta mudou sua versão dos fatos. Ele disse que não recebeu os papéis por Paulo Sérgio e afirmou que pegou o documento na sala da CPI, durante o depoimento de Valério.
A contradição foi agravada pela revelação, feita pelo deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), de que Pimenta pegou carona com Valério após o depoimento de ontem. O vice-presidente da CPI negou inicialmente, mas posteriormente admitiu ter andado no carro em que estava Marcos Valério.
"O deputado federal Paulo Pimenta faltou com a verdade perante as CPIs dos Correios e do Mensalão. Ainda que não estivesse sob juramento, quebrou o decoro parlamentar", diz Goldman na representação.
E continua: "A proximidade e a intimidade exibidas pelo deputado federal Paulo Pimenta a um dos principais investigados é incompatível com a sua condição de membro e vice-presidente da CPMI que investiga, justamente, o 'mensalão', ao que consta operado, entre outros, pelo próprio publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza".
O pedido foi entregue à Mesa Diretora da Câmara e seguirá para a Corregedoria da Casa para análise. Só depois de avaliado pela Corregedoria pode ser encaminhado para o Conselho de Ética da Casa.
Mais cedo, diante da promessa do PSDB de entrar com a ação, Pimenta disse que o fato ocorrido nesta quarta-feira não o impedia de ser vice-presidente das sessões da CPI e não se configurava como quebra de decoro. "Eu me expressei mal", afirmou.
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da Folha Online, em Brasília
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Alberto Goldman (SP), pediu hoje à presidência da Casa o afastamento do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) da vice-presidência da CPI do Mensalão e a cassação do seu mandato.
Hoje, na sessão conjunta das comissões do Mensalão e dos Correios, Pimenta disse ter recebido, na madrugada desta quarta-feira, uma lista apócrifa das mãos do advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, que faz a defesa de Marcos Valério Fernandes de Souza nas investigações do Congresso Nacional.
O advogado, que também defende Cristiano Paz, sócio de Valério, negou que tenha entregue o documento ao deputado. Diante da negativa, Pimenta mudou sua versão dos fatos. Ele disse que não recebeu os papéis por Paulo Sérgio e afirmou que pegou o documento na sala da CPI, durante o depoimento de Valério.
A contradição foi agravada pela revelação, feita pelo deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), de que Pimenta pegou carona com Valério após o depoimento de ontem. O vice-presidente da CPI negou inicialmente, mas posteriormente admitiu ter andado no carro em que estava Marcos Valério.
"O deputado federal Paulo Pimenta faltou com a verdade perante as CPIs dos Correios e do Mensalão. Ainda que não estivesse sob juramento, quebrou o decoro parlamentar", diz Goldman na representação.
E continua: "A proximidade e a intimidade exibidas pelo deputado federal Paulo Pimenta a um dos principais investigados é incompatível com a sua condição de membro e vice-presidente da CPMI que investiga, justamente, o 'mensalão', ao que consta operado, entre outros, pelo próprio publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza".
O pedido foi entregue à Mesa Diretora da Câmara e seguirá para a Corregedoria da Casa para análise. Só depois de avaliado pela Corregedoria pode ser encaminhado para o Conselho de Ética da Casa.
Mais cedo, diante da promessa do PSDB de entrar com a ação, Pimenta disse que o fato ocorrido nesta quarta-feira não o impedia de ser vice-presidente das sessões da CPI e não se configurava como quebra de decoro. "Eu me expressei mal", afirmou.
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