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17/08/2005
-
18h08
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O advogado Rogério Tadeu Buratti foi preso nesta quarta-feira em Ribeirão Preto por crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documentos. Segundo a delegacia seccional de Ribeirão, ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória, com um pedido de prisão temporária por 5 dias, que pode ser prorrogado por outros 5.
Buratti foi assessor parlamentar de José Dirceu na década de 80 e foi secretário de Governo do ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho quando prefeito de Ribeirão Preto (1993-1997). Em 94, saiu após uma denúncia de favorecimento. Desde sua saída da prefeitura, Buratti trabalhou cinco anos como consultor da empreiteira Leão Leão.
Segundo o delegado Benedito Antonio Valencise, foi aberto hoje um novo inquérito contra Buratti por lavagem de dinheiro, mas preferiu não adiantar informações. Já existe outro inquérito contra Buratti, aberto no ano passado, relativo ao caso Leão Leão (fraudes em licitações públicas).
Sobre esse inquérito, Buratti foi ouvido durante a tarde de hoje pelo delegado, que confirmou "ficar evidente que houve crime de formação de quadrilha". Segundo investigações do Ministério Público, Buratti estaria envolvido em um suposto esquema de fraudes em licitações públicas promovido por executivos da empresa de lixo Leão Leão.
Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, diretores da Leão Leão foram flagrados supostamente articulando fraudes em licitações públicas. O relatório das interceptações, elaborado pela Promotoria, aponta que o esquema pode ter operado em pelo menos dez prefeituras de São Paulo, entre elas a da Capital.
O delegado Valencise disse que Buratti negou ter conhecimento de esse esquema. Valencise afirmou, no entanto, que a Polícia detém documentos e indícios que contrariam essas afirmações do advogado. De acordo com Valencise, o Ministério Público pode pedir a prisão preventiva de Buratti.
Bingos
Buratti também é investigado no âmbito da CPI dos Bingos, que investiga a relação entre as casas de bingo e o crime organizado e as ações do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que foi presidente da Loterj (loteria estadual do Rio de Janeiro) e é acusado de tentar extorquir empresas ligadas ao ramo de jogos.
O advogado foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões. Em seu depoimento à CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
A contratação de uma empresa sua, a BBS Consultores Associados, teria sido imposta por Waldomiro Diniz, ex-assessor parlamentar do ministro José Dirceu, como condição para que a empresa de informática GTech Brasil conseguisse a renovação do contrato.
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Ex-secretário de Palocci é preso acusado de lavagem de dinheiro
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da Folha Online
O advogado Rogério Tadeu Buratti foi preso nesta quarta-feira em Ribeirão Preto por crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documentos. Segundo a delegacia seccional de Ribeirão, ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória, com um pedido de prisão temporária por 5 dias, que pode ser prorrogado por outros 5.
Buratti foi assessor parlamentar de José Dirceu na década de 80 e foi secretário de Governo do ministro da Fazenda Antonio Palocci Filho quando prefeito de Ribeirão Preto (1993-1997). Em 94, saiu após uma denúncia de favorecimento. Desde sua saída da prefeitura, Buratti trabalhou cinco anos como consultor da empreiteira Leão Leão.
Sérgio Lima/FI |
O ex-secretário de Palocci, Rogério Tadeu Buratti |
Sobre esse inquérito, Buratti foi ouvido durante a tarde de hoje pelo delegado, que confirmou "ficar evidente que houve crime de formação de quadrilha". Segundo investigações do Ministério Público, Buratti estaria envolvido em um suposto esquema de fraudes em licitações públicas promovido por executivos da empresa de lixo Leão Leão.
Em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, diretores da Leão Leão foram flagrados supostamente articulando fraudes em licitações públicas. O relatório das interceptações, elaborado pela Promotoria, aponta que o esquema pode ter operado em pelo menos dez prefeituras de São Paulo, entre elas a da Capital.
O delegado Valencise disse que Buratti negou ter conhecimento de esse esquema. Valencise afirmou, no entanto, que a Polícia detém documentos e indícios que contrariam essas afirmações do advogado. De acordo com Valencise, o Ministério Público pode pedir a prisão preventiva de Buratti.
Bingos
Buratti também é investigado no âmbito da CPI dos Bingos, que investiga a relação entre as casas de bingo e o crime organizado e as ações do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que foi presidente da Loterj (loteria estadual do Rio de Janeiro) e é acusado de tentar extorquir empresas ligadas ao ramo de jogos.
O advogado foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões. Em seu depoimento à CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
A contratação de uma empresa sua, a BBS Consultores Associados, teria sido imposta por Waldomiro Diniz, ex-assessor parlamentar do ministro José Dirceu, como condição para que a empresa de informática GTech Brasil conseguisse a renovação do contrato.
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