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23/08/2005
-
12h57
FABIANA FUTEMA
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Em sabatina promovida pela Folha, o presidente do PT, Tarso Genro, 58, afirmou que espera dos demais partidos a mesma atitude de "refundação" que ele tenta implantar na sigla. Tarso chama de "refundação", entre outros pontos, o processo de revisão das práticas de financiamento das campanhas eleitorais que estão no centro das denúncias que atingiram o PT.
"Eu quero saber qual o partido que está fazendo isso também. Eu quero saber qual o outro partido que tem a coragem de se reconstruir", disse Genro, ao comentar a prática considerada generalizada de caixa dois pelos partidos políticos brasileiros.
O presidente fez a declaração ao final de uma série de questionamentos sobre como as "raízes" das práticas que deram origem à crise do PT. Tarso participa hoje do ciclo de sabatinas da Folha. Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.
Ao ser lembrado sobre denúncias anteriores de corrupção dentro do partido, a exemplo do caso Roberto Teixeira, Genro disse: "nós não nos advertimos de forma suficiente para essa situação [em referência aos casos anteriores]. Como o partido dos trabalhadores, nós éramos a configuração de um partido sem vícios. Essa era uma visão messiânica".
Genro disse que o partido pagou um "preço caríssimo" ao permitir que determinadas pessoas, sem "capacidade técnica e política", chegassem à cúpula do poder, citando, pela primeira vez, um nome, o do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que pediu desligamento após admitir que aceitou de presente um carro avaliado em cerca de R$ 70 mil de um executivo de uma empresa interessada em contratos com a Petrobras.
Indagado se o PT tinha condições de fazer cobranças aos demais partidos, apesar de ainda não ter expulsado o ex-tesoureiro Delúbio Soares, que admitiu ter montado um esquema de caixa dois para financiar as campanhas de 2002, Genro respondeu que "tudo está dentro de um processo" e que não se pode fazer "execuções sumárias".
A sabatina
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
Os sabatinados responderão, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2) sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
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Tarso afirma que outros partidos também devem se "reconstruir"
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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Em sabatina promovida pela Folha, o presidente do PT, Tarso Genro, 58, afirmou que espera dos demais partidos a mesma atitude de "refundação" que ele tenta implantar na sigla. Tarso chama de "refundação", entre outros pontos, o processo de revisão das práticas de financiamento das campanhas eleitorais que estão no centro das denúncias que atingiram o PT.
"Eu quero saber qual o partido que está fazendo isso também. Eu quero saber qual o outro partido que tem a coragem de se reconstruir", disse Genro, ao comentar a prática considerada generalizada de caixa dois pelos partidos políticos brasileiros.
Alan Marques/Folha Imagem |
Tarso Genro participa de sabatina da Folha |
Ao ser lembrado sobre denúncias anteriores de corrupção dentro do partido, a exemplo do caso Roberto Teixeira, Genro disse: "nós não nos advertimos de forma suficiente para essa situação [em referência aos casos anteriores]. Como o partido dos trabalhadores, nós éramos a configuração de um partido sem vícios. Essa era uma visão messiânica".
Genro disse que o partido pagou um "preço caríssimo" ao permitir que determinadas pessoas, sem "capacidade técnica e política", chegassem à cúpula do poder, citando, pela primeira vez, um nome, o do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, que pediu desligamento após admitir que aceitou de presente um carro avaliado em cerca de R$ 70 mil de um executivo de uma empresa interessada em contratos com a Petrobras.
Indagado se o PT tinha condições de fazer cobranças aos demais partidos, apesar de ainda não ter expulsado o ex-tesoureiro Delúbio Soares, que admitiu ter montado um esquema de caixa dois para financiar as campanhas de 2002, Genro respondeu que "tudo está dentro de um processo" e que não se pode fazer "execuções sumárias".
A sabatina
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
Os sabatinados responderão, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2) sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
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