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23/08/2005 - 13h18

Hoje não pediria afastamento de FHC, diz Tarso

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EPAMINONDAS NETO
FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O presidente do PT, Tarso Genro, fez uma mea-culpa sobre seu passado e disse que hoje não defenderia o afastamento ou renúncia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, o PT fazia oposição ao governo FHC e Tarso defendeu a saída do então presidente.

Segundo ele, que participa hoje ciclo de sabatinas da Folha, não foi uma "leviandade" sua ou do PT pedir naquela época a saída de FHC. "Pode ter sido um erro político meu ao deixar de avaliar uma perspectiva política maior."

Alan Marques/Folha Imagem
Tarso Genro participa de sabatina da Folha
Tarso Genro participa de sabatina da Folha
Tarso afirmou por várias vezes que pedir o impeachment de um presidente é um direito "legítimo" da oposição. "É direito legítimo da oposição propor o impeachment."

Segundo ele, a atual oposição do governo Lula não recorre à mesma estratégia porque não quer. "É direito da legítima pedir o impedimento do presidente. Eles não pedem porque não querem, embora eu ache que não existam causas para isso [propor o impeachment]."

Reeleição

Tarso evitou responder diretamente sobre as possibilidades do presidente Lula sair candidato à reeleição e vencer. "Hoje, acho difícil de responder. É uma questão de uma avaliação minha político-eleitoral."

O presidente do PT, entretanto, admitiu que as pesquisas mostram que as chances de Lula ser reeleito são poucas. "Só olhar para o que as pesquisas indicam."

No entanto, Tarso disse que sempre há a possibilidade dos cenários político-eleitorais serem alterados. "A configuração política de forças pode ser alterada."

Tarso, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.

A sabatina

Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.

Para sabatinar Tarso, foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.

Os sabatinados respondem, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.

O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2), sempre a partir das 11h.

O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.

Trajetória

Tarso já foi prefeito de Porto Alegre (1993-1996 e 2001-2002) e ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência (2003-2004).

Ele escreveu os livros "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), "Orçamento Participativo" (Fundação Perseu Abramo), "Esquerda em Processo" (Vozes), "Instituições Políticasno Socialismo" (Fundação Perseu Abramo), "Crise da Democracia" (Vozes) e "O Futuro por Armar" (Vozes).

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