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21/09/2005 - 19h24

Base aliada terá dificuldade para fazer substituto de Severino

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O governo vai ter dificuldade de fazer o novo presidente da Câmara. No que depender dos partidos da base aliada, os candidatos do PT não têm chances de serem eleitos, já que partidos como o PC do B e PSB defendem desta vez um nome de consenso. No início do ano, as legendas apoiaram oficialmente a candidatura do petista Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), que foi derrotado na disputa em segundo turno por Severino Cavalcanti (PP-PE).

O resultado da derrota petista foi sentido mais fortemente nesta quarta-feira, quando após sete meses de mandato, Severino renunciou hoje para evitar sofrer um processo por quebra de decoro parlamentar. Governistas e oposição trocaram acusações afirmando uns aos outros que ambos eram culpados pelo "fenômeno Severino."

"Os 300 deputados que votaram em Severino sentiram vergonha do seu voto hoje. Se arrependeram há muito tempo", avaliou o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), pré-candidato petista a disputar a presidência da Casa. O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), atacou o PFL e o PSDB ao dizer que eram culpados pela eleição de Severino no começo do ano, quando "fizeram um voto irracional."

Já o líder do PFL contra-atacou: "O governo Lula é o culpado pela eleição de Severino, porque implantou um esquema de corrupção nunca visto no Congresso."

O líder do PC do B Câmara deu o tom da dificuldade da base aliada para fazer o sucessor de Severino: "O PC do B está tentando fugir da questão governo oposição. Partido A ou partido B. Estamos buscando um nome que seja capaz de agregar de maneira avassaladora todos os partidos na Câmara", afirmou o líder do partido na Casa, Renildo Calheiros (PC do B-PE). Segundo Calheiros, os partidos da base aliada têm que encontrar um nome de consenso até amanhã.

Enquanto os governistas ainda buscam uma solução, a oposição está praticamente fechada entre dois candidatos: José Thomaz Nono (PFL-AL) e Michel Temer (PMDB-SP). O nome do deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da minoria na Câmara, já foi descartado porque não agrega com alguns partidos que relutam em apoiar o PT.

O clima de disputa pela presidência da Câmara não respeitou nem mesmo a sessão de renúncia de Severino. Segundo o deputado Julio Delgado (PSB-MG), enquanto Severino discursava, vários pré-candidatos trabalhavam no plenário pedindo votos aos seus companheiros de Legislativo. "A falta de respeito é tamanha que houve campanha até neste momento", criticou Delgado.

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