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20/03/2006
-
19h20
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira que o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que fez denúncias contra o ministro Antônio Palocci, foi "treinado" e que seu testemunho é utilizado pela oposição para criar instabilidade no país. "Coitadinho do caseiro, tão inofensivo, mas bem treinado", disse Marinho em tom irônico.
O caseiro foi alvo de uma reportagem que revelou dados de seu sigilo bancário, como depósitos que somam R$ 25 mil em conta, valor incompatível com sua renda mensal. Francenildo justificou o depósito por razões familiares e prometeu acionar na Justiça os responsáveis pelo vazamento.
Apesar de reconhecer a gravidade da quebra do sigilo bancário do caseiro, o ministro destacou que igualmente sério "é inventar uma testemunha como o caseiro e treiná-lo bem".
Para o ministro, "a oposição quer criar um caso e outro para criar instabilidade no país" e acrescentou que "certamente, as autoridades competentes vão investigar o vazamento".
Marinho defendeu que os outros sigilos que foram quebrados para envolver membros do governo em denúncias também deverão ser apurados com rigor. É tão grave quanto todas as outras quebras que ocorreram", afirmou.
Em defesa do ministro da Fazenda, Marinho afirmou que Palocci nunca deixou de prestar explicações. "Foi à CPI duas vezes e explicou tudo o que a CPI desejou que ele explicasse. Agora inventam o caseiro."
Na avaliação do ministro, as denúncias envolvendo o ministro da Fazenda não são caso para se criar a instabilidade que a oposição tenta criar. "O desejo [da oposição] não é simplesmente o Palocci, e paralisar o governo, paralisar a economia e criar instabilidade", disse ele.
Marinho também levantou suspeitas sobre a origem do dinheiro alegada pelo caseiro. Francenildo dos Santos Costa justificou o dinheiro como sendo um depósito de seu pai. Segundo o ministro, é preciso "checar a paternidade" para ver se não se trata de "coisa arranjada".
Eleições
Para o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), as denúncias envolvendo Palocci fariam parte de "uma verdadeira guerra política" e acusou o PSDB e o PFL de irresponsabilidade.
Segundo Fontana, os dois principais partidos de oposição ao governo, "ao perceberem que o presidente Lula carrega 20 pontos de vantagem contra o candidato [Geraldo] Alckmin, estão apelando para uma espécie de última tentativa de desestabilização pré-eleitoral".
O líder do PT comparou a articulação da oposição agora com o "terror" que tentou-se passar para a população há quatro anos sobre um eventual governo Lula, o que elevou o dólar a R$ 4 e fez com que o risco país ultrapassasse 2 mil pontos. "Nosso alerta é para que nós não disputemos outra eleição nesse mesmo grau de irresponsabilidade", afirmou.
Ao reconhecer a necessidade de investigação sobre a quebra do sigilo do caseiro, Fontana cobrou o mesmo rigor para apurar outros vazamentos de informações que ocorreram para prejudicar o governo e o PT. "Quero que a mesma medida seja usada quando se trata de pessoas ligadas ao PT, ligadas ao governo."
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da Folha Online, em Brasília
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira que o caseiro Francenildo dos Santos Costa, que fez denúncias contra o ministro Antônio Palocci, foi "treinado" e que seu testemunho é utilizado pela oposição para criar instabilidade no país. "Coitadinho do caseiro, tão inofensivo, mas bem treinado", disse Marinho em tom irônico.
O caseiro foi alvo de uma reportagem que revelou dados de seu sigilo bancário, como depósitos que somam R$ 25 mil em conta, valor incompatível com sua renda mensal. Francenildo justificou o depósito por razões familiares e prometeu acionar na Justiça os responsáveis pelo vazamento.
Apesar de reconhecer a gravidade da quebra do sigilo bancário do caseiro, o ministro destacou que igualmente sério "é inventar uma testemunha como o caseiro e treiná-lo bem".
Para o ministro, "a oposição quer criar um caso e outro para criar instabilidade no país" e acrescentou que "certamente, as autoridades competentes vão investigar o vazamento".
Marinho defendeu que os outros sigilos que foram quebrados para envolver membros do governo em denúncias também deverão ser apurados com rigor. É tão grave quanto todas as outras quebras que ocorreram", afirmou.
Em defesa do ministro da Fazenda, Marinho afirmou que Palocci nunca deixou de prestar explicações. "Foi à CPI duas vezes e explicou tudo o que a CPI desejou que ele explicasse. Agora inventam o caseiro."
Na avaliação do ministro, as denúncias envolvendo o ministro da Fazenda não são caso para se criar a instabilidade que a oposição tenta criar. "O desejo [da oposição] não é simplesmente o Palocci, e paralisar o governo, paralisar a economia e criar instabilidade", disse ele.
Marinho também levantou suspeitas sobre a origem do dinheiro alegada pelo caseiro. Francenildo dos Santos Costa justificou o dinheiro como sendo um depósito de seu pai. Segundo o ministro, é preciso "checar a paternidade" para ver se não se trata de "coisa arranjada".
Eleições
Para o líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), as denúncias envolvendo Palocci fariam parte de "uma verdadeira guerra política" e acusou o PSDB e o PFL de irresponsabilidade.
Segundo Fontana, os dois principais partidos de oposição ao governo, "ao perceberem que o presidente Lula carrega 20 pontos de vantagem contra o candidato [Geraldo] Alckmin, estão apelando para uma espécie de última tentativa de desestabilização pré-eleitoral".
O líder do PT comparou a articulação da oposição agora com o "terror" que tentou-se passar para a população há quatro anos sobre um eventual governo Lula, o que elevou o dólar a R$ 4 e fez com que o risco país ultrapassasse 2 mil pontos. "Nosso alerta é para que nós não disputemos outra eleição nesse mesmo grau de irresponsabilidade", afirmou.
Ao reconhecer a necessidade de investigação sobre a quebra do sigilo do caseiro, Fontana cobrou o mesmo rigor para apurar outros vazamentos de informações que ocorreram para prejudicar o governo e o PT. "Quero que a mesma medida seja usada quando se trata de pessoas ligadas ao PT, ligadas ao governo."
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