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09/09/2006
-
11h04
MONIQUE OLIVEIRA
da Folha Online
Depois dos outdoors serem proibidos pela minirreforma eleitoral, a alternativa encontrada por comitês de partidos em São Paulo foi apelar para a "boa vontade" de trabalhadores e militantes de transformar a fachada de suas casas em "vitrine" política.
Silvio Pereira, 26, camelô, permitiu que um cartaz de Campos Machado (PTB) --candidato a deputado estadual-- fosse pendurado na frente de sua residência. "Pediram pra colocar, como não incomodava, eu deixei." Ele acrescenta que não vai votar no deputado: "não sei direito quem ele é."
A co-responsável pelo comitê dos candidatos a deputados Robson Tuma (PFL), federal, e Campos Machado (PTB), estadual, na zona leste de São Paulo, Zenaide Pedroso, defende o processo: "Saímos com uma equipe de pesquisa, que faz perguntas sobre o que melhorar no bairro, e depois, perguntam se o entrevistado permite publicidade em sua residência.
A minirreforma impediu, por exemplo, realização de showmícios,
distribuição de brindes, camisetas e outdoors. Com a nova legislação,
qualquer publicidade para ser veiculada precisa da autorização por escrito do proprietário.
Cleide Martins, 33, desempregada, tem na frente de sua residência, no Alto da Lapa, uma faixa em apoio ao presidente do Conselho de Ética e candidato a deputado federal, Ricardo Izar (PTB).
Segundo ela, o cartaz foi trazido do trabalho por seu marido. "O patrão
dele pediu para que cada um dos empregados colocasse em frente de casa e assinasse a autorização."
Procurado pela reportagem, a assessoria de Izar pediu para procurar o comitê de campanha, que não foi localizado.
Militância
O assistente social desempregado, Marcos Antônio de Mouro, 42, diz que pendurou a bandeira vermelha com a estrela do PT que tinha há seis anos, na frente de sua casa, na Alameda Ribeiro da Silva, no centro.
Sem ligação com o partido, decidiu espontaneamente declarar o seu apoio. "Eu sei de tudo o que aconteceu no governo, mas ainda tenho esperança."
Já o empresário, Sidnei Sanches, 48, colocou um cartaz em apoio a sua
cunhada, a candidata a deputada federal pelo PSDC, Regina Cele, em seu estacionamento no centro. "A família inteira está apoiando, distribuindo panfletos, eu estou fazendo minha parte."
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Depois dos outdoors serem proibidos pela minirreforma eleitoral, a alternativa encontrada por comitês de partidos em São Paulo foi apelar para a "boa vontade" de trabalhadores e militantes de transformar a fachada de suas casas em "vitrine" política.
Silvio Pereira, 26, camelô, permitiu que um cartaz de Campos Machado (PTB) --candidato a deputado estadual-- fosse pendurado na frente de sua residência. "Pediram pra colocar, como não incomodava, eu deixei." Ele acrescenta que não vai votar no deputado: "não sei direito quem ele é."
A co-responsável pelo comitê dos candidatos a deputados Robson Tuma (PFL), federal, e Campos Machado (PTB), estadual, na zona leste de São Paulo, Zenaide Pedroso, defende o processo: "Saímos com uma equipe de pesquisa, que faz perguntas sobre o que melhorar no bairro, e depois, perguntam se o entrevistado permite publicidade em sua residência.
A minirreforma impediu, por exemplo, realização de showmícios,
distribuição de brindes, camisetas e outdoors. Com a nova legislação,
qualquer publicidade para ser veiculada precisa da autorização por escrito do proprietário.
Cleide Martins, 33, desempregada, tem na frente de sua residência, no Alto da Lapa, uma faixa em apoio ao presidente do Conselho de Ética e candidato a deputado federal, Ricardo Izar (PTB).
Segundo ela, o cartaz foi trazido do trabalho por seu marido. "O patrão
dele pediu para que cada um dos empregados colocasse em frente de casa e assinasse a autorização."
Procurado pela reportagem, a assessoria de Izar pediu para procurar o comitê de campanha, que não foi localizado.
Militância
O assistente social desempregado, Marcos Antônio de Mouro, 42, diz que pendurou a bandeira vermelha com a estrela do PT que tinha há seis anos, na frente de sua casa, na Alameda Ribeiro da Silva, no centro.
Sem ligação com o partido, decidiu espontaneamente declarar o seu apoio. "Eu sei de tudo o que aconteceu no governo, mas ainda tenho esperança."
Já o empresário, Sidnei Sanches, 48, colocou um cartaz em apoio a sua
cunhada, a candidata a deputada federal pelo PSDC, Regina Cele, em seu estacionamento no centro. "A família inteira está apoiando, distribuindo panfletos, eu estou fazendo minha parte."
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