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23/10/2006
-
19h41
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RS), acusou hoje membros da comissão de estarem agindo partidariamente nas investigações sobre o dossiegate para beneficiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência.
Sem identificar os alvos das críticas, Biscaia disse que a CPI vive atualmente uma divisão partidária.
"Desde o dia 1º de outubro, a disputa político-eleitoral se acentuou [na CPI]. Não sou assessor parlamentar de nenhum candidato. Vocês vão ver quais são os assessores parlamentares do candidato Geraldo Alckmin", criticou.
Biscaia negou que a Justiça e a Polícia Federal de Cuiabá tenham proibido o acesso da comissão ao relatório parcial da PF sobre a investigação da compra do dossiê.
O deputado desmentiu o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE), que acusou a Justiça de Cuiabá de estar dificultando a entrega de cópia do inquérito parcial à CPI.
"Falei com o juiz Jefferson Schneider e ele me disse que está tudo pronto e à disposição da CPI. Ele se comprometeu a entregar tudo na sexta-feira, mas não fez porque sabia que eu vinha somente na segunda-feira e achou que era melhor entregar a mim, que estou conduzindo a CPI de forma isenta", afirmou.
Biscaia disse que Schneider vai encaminhar a cópia do relatório parcial à CPI já nesta terça-feira, além de outros documentos como as quebras de sigilo já autorizadas pela Justiça Federal dos envolvidos na compra do dossiê.
Ânimos serenos
O presidente da comissão disse esperar que, a partir da próxima segunda-feira, com o fim da disputa presidencial, os "ânimos voltem a serenar" na CPI para a conclusão das investigações. Biscaia se mostrou pessimista, no entanto, sobre a aprovação do segundo relatório da comissão com as investigações sobre o dossiê.
"Será que o clima vai permitir que o segundo relatório seja aprovado? Depois de segunda-feira, pode ser", afirmou.
O deputado negou que a CPI vá realizar, nesta terça-feira, reunião administrativa para discutir o impasse sobre o envio do relatório pela PF e a convocação de novos suspeitos de envolvimento no dossiegate --como o ex-ministro José Dirceu e o chefe de gabinete do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho.
"Não haverá reunião da CPI esta semana", encerrou.
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Biscaia acusa membros da CPI de agirem como "assessores" de Alckmin
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RS), acusou hoje membros da comissão de estarem agindo partidariamente nas investigações sobre o dossiegate para beneficiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin à Presidência.
Sem identificar os alvos das críticas, Biscaia disse que a CPI vive atualmente uma divisão partidária.
"Desde o dia 1º de outubro, a disputa político-eleitoral se acentuou [na CPI]. Não sou assessor parlamentar de nenhum candidato. Vocês vão ver quais são os assessores parlamentares do candidato Geraldo Alckmin", criticou.
Biscaia negou que a Justiça e a Polícia Federal de Cuiabá tenham proibido o acesso da comissão ao relatório parcial da PF sobre a investigação da compra do dossiê.
O deputado desmentiu o vice-presidente da CPI, Raul Jungmann (PPS-PE), que acusou a Justiça de Cuiabá de estar dificultando a entrega de cópia do inquérito parcial à CPI.
"Falei com o juiz Jefferson Schneider e ele me disse que está tudo pronto e à disposição da CPI. Ele se comprometeu a entregar tudo na sexta-feira, mas não fez porque sabia que eu vinha somente na segunda-feira e achou que era melhor entregar a mim, que estou conduzindo a CPI de forma isenta", afirmou.
Biscaia disse que Schneider vai encaminhar a cópia do relatório parcial à CPI já nesta terça-feira, além de outros documentos como as quebras de sigilo já autorizadas pela Justiça Federal dos envolvidos na compra do dossiê.
Ânimos serenos
O presidente da comissão disse esperar que, a partir da próxima segunda-feira, com o fim da disputa presidencial, os "ânimos voltem a serenar" na CPI para a conclusão das investigações. Biscaia se mostrou pessimista, no entanto, sobre a aprovação do segundo relatório da comissão com as investigações sobre o dossiê.
"Será que o clima vai permitir que o segundo relatório seja aprovado? Depois de segunda-feira, pode ser", afirmou.
O deputado negou que a CPI vá realizar, nesta terça-feira, reunião administrativa para discutir o impasse sobre o envio do relatório pela PF e a convocação de novos suspeitos de envolvimento no dossiegate --como o ex-ministro José Dirceu e o chefe de gabinete do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho.
"Não haverá reunião da CPI esta semana", encerrou.
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